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Petrobras (PETR4) obtém 1º de 2 licenças que travaram simulado para perfuração na Foz do Amazonas

07 fev 2023, 12:34 - atualizado em 07 fev 2023, 12:34
Petrobras
O plano de negócios da Petrobras deverá ser revisto pela gestão do novo presidente, Jean Paul Prates, que tomou posse no mês passado (Imagem: (Tânia Rêgo/Agência Brasil/Flickr)

A Petrobras (PETR4) obteve do governo do Pará uma de duas licenças ambientais necessárias para seguir adiante com um grande simulado de vazamento na Bacia da Foz do Rio Amazonas, visto pela estatal como último passo necessário para que o Ibama libere o tão aguardado poço em águas profundas do Amapá.

O simulado, que estava inicialmente previsto para ser iniciado na segunda quinzena de dezembro, está travado pois a petroleira depende antes das licenças do Pará para um pequeno hospital para aves oleadas em Belém, chamado de Centro de Reabilitação e Despetrolização de Fauna (CRD).

Em nota à Reuters, a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas) paraense confirmou ter concedido a licença de instalação do CRD na semana passada. Ainda falta, entretanto, uma licença de operação, que a Petrobras espera que seja concedida até o fim desta semana, segundo uma fonte a par da situação.

Procurada, a Petrobras não respondeu imediatamente a pedidos de comentários.

A petroleira estatal, que vem arcando com um custo diário milionário de mobilização de pessoal e equipamentos para o simulado na região amazônica desde o ano passado, está trabalhando já há algum tempo em busca de abrir a bacia como uma nova fronteira exploratória de petróleo, em região próxima à Guiana, onde a Exxon Mobil fez descobertas importantes.

A missão foi abraçada pela Petrobras depois que gigantes como BP e TotalEnergies desistiram de ativos vencidos em leilão em 2013 por dificuldades para obter licenciamentos.

A Foz do Amazonas está inserida em ampla região do litoral brasileiro conhecida como Margem Equatorial, que vai desde o Rio Grande do Norte até o Amapá, onde o atual plano de negócios da Petrobras prevê investimentos de 2,94 bilhões de dólares até 2027, enquanto busca meios de repor reservas e evitar o declínio de produção futura.

O plano de negócios da Petrobras deverá ser revisto pela gestão do novo presidente, Jean Paul Prates, que tomou posse no mês passado. Mas o executivo já afirmou em vídeo publicado a funcionários ver a Margem Equatorial como promissora, com “forte potencial” tanto para petróleo e gás como para energias renováveis.

Ainda não se sabe, porém, como se manifestará o Ministério do Meio Ambiente e o Ibama no novo governo de Luiz Inácio Lula da Silva.

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