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Petrobras (PETR4): Os dividendos ‘adequados’, segundo o BB Investimentos

02 jun 2023, 20:11 - atualizado em 02 jun 2023, 20:13
Petrobras, Mercados, dividendos ações
BB Investimentos reduziu o preço-alvo da Petrobras em 2023 a R$ 36. (Imagem: Diana Cheng/Money Times)

A Petrobras (PETR4) deve pagar 50% do lucro líquido em dividendos, a R$ 3,62 por ação para 2023 (yield de 12,1%) e R$ 4,02 por ação para 2024 (yield de 13,4%), disse o BB Investimentos nesta sexta-feira (2).

“Entendemos esse volume de dividendos como adequado para fazer frente ao aumento nos investimentos e considerando a elevada geração de caixa operacional”, afirmou o banco em relatório assinado por Daniel Cobucci.

Para o analista, a proposta de ajuste do Planejamento Estratégico da Petrobras deve incluir um aperfeiçoamento da Política de Remuneração aos Acionistas, incluindo a possibilidade de recompra de ações.

“A recompra de ações pode ser uma forma interessante de aumentar a remuneração aos acionistas, em linha com as práticas das companhias globais do setor”, disse.

Caso a Petrobras opte pelo pagamento do mínimo legal de 25% em dividendos, a projeção seria reduzida para um rendimento de dividendos de 6,05% em 2023 e de 6,7% em 2024, disse o BB Investimentos.

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Novo preço-alvo para a Petrobras

O BB Investimentos reduziu o preço-alvo da Petrobras em 2023 a R$ 36 (antes R$ 43), mantendo a recomendação de compra.

O banco afirmou que espera que as condições operacionais, com ramp up de novas plataformas e baixos custos de extração, aliada às boas condições financeiras (baixa alavancagem e forte geração de caixa), sigam como suportes para manutenção do bom desempenho da companhia.

“A Petrobras tem desafios de curto prazo, como a revisão de seu plano estratégico e a expectativa de mudanças na política de dividendos, e outros de longo prazo, como a reposição de reservas (incluindo a possível exploração da margem equatorial que ganhou evidência nas últimas semanas) e investimentos em transição energética”, ponderou.

A companhia emitiu comunicado na quinta (1) apontando alguns dos fundamentos que devem fazer parte do próximo plano estratégico (2024/2028), com a principal mudança sendo a alteração do percentual de investimentos em capex de baixo carbono, saindo de 6% no plano atual para uma faixa entre 6% e 15%.

“Dado que o montante em questão deve incluir energias renováveis, mas também trata de descarbonização do óleo e do refino, entendemos o anúncio como positivo, na medida em que deixa claro o tamanho máximo que os investimentos em renováveis podem atingir, utilizando apenas a geração de caixa, sem aumento do patamar de endividamento”, disse.

Editor
Jornalista formado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), com MBA em finanças pela Estácio. Colaborou com revista Veja, Estadão, entre outros.
kaype.abreu@moneytimes.com.br
Jornalista formado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), com MBA em finanças pela Estácio. Colaborou com revista Veja, Estadão, entre outros.