Petrobras (PETR4): Os dividendos ‘adequados’, segundo o BB Investimentos
A Petrobras (PETR4) deve pagar 50% do lucro líquido em dividendos, a R$ 3,62 por ação para 2023 (yield de 12,1%) e R$ 4,02 por ação para 2024 (yield de 13,4%), disse o BB Investimentos nesta sexta-feira (2).
“Entendemos esse volume de dividendos como adequado para fazer frente ao aumento nos investimentos e considerando a elevada geração de caixa operacional”, afirmou o banco em relatório assinado por Daniel Cobucci.
Para o analista, a proposta de ajuste do Planejamento Estratégico da Petrobras deve incluir um aperfeiçoamento da Política de Remuneração aos Acionistas, incluindo a possibilidade de recompra de ações.
“A recompra de ações pode ser uma forma interessante de aumentar a remuneração aos acionistas, em linha com as práticas das companhias globais do setor”, disse.
Caso a Petrobras opte pelo pagamento do mínimo legal de 25% em dividendos, a projeção seria reduzida para um rendimento de dividendos de 6,05% em 2023 e de 6,7% em 2024, disse o BB Investimentos.
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Novo preço-alvo para a Petrobras
O BB Investimentos reduziu o preço-alvo da Petrobras em 2023 a R$ 36 (antes R$ 43), mantendo a recomendação de compra.
O banco afirmou que espera que as condições operacionais, com ramp up de novas plataformas e baixos custos de extração, aliada às boas condições financeiras (baixa alavancagem e forte geração de caixa), sigam como suportes para manutenção do bom desempenho da companhia.
“A Petrobras tem desafios de curto prazo, como a revisão de seu plano estratégico e a expectativa de mudanças na política de dividendos, e outros de longo prazo, como a reposição de reservas (incluindo a possível exploração da margem equatorial que ganhou evidência nas últimas semanas) e investimentos em transição energética”, ponderou.
A companhia emitiu comunicado na quinta (1) apontando alguns dos fundamentos que devem fazer parte do próximo plano estratégico (2024/2028), com a principal mudança sendo a alteração do percentual de investimentos em capex de baixo carbono, saindo de 6% no plano atual para uma faixa entre 6% e 15%.
“Dado que o montante em questão deve incluir energias renováveis, mas também trata de descarbonização do óleo e do refino, entendemos o anúncio como positivo, na medida em que deixa claro o tamanho máximo que os investimentos em renováveis podem atingir, utilizando apenas a geração de caixa, sem aumento do patamar de endividamento”, disse.