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Petrobras (PETR4): O risco para os dividendos extraordinários, segundo bancão

16 jul 2024, 13:41 - atualizado em 16 jul 2024, 14:44
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Entre os motivos para manter a ação em neutralidade estão os dividendos (Imagem: REUTERS/Sergio Moraes)

Galinha de ovos de ouro de muitos investidores, a Petrobras (PETR4) atravessará o momento mais desafiador do seu plano estratégico 2024-28, afirma o Santander em relatório. O banco manteve a recomendação neutra, com preço-alvo para as ADRs a US$ 17. 

Entre os motivos para manter a ação em neutralidade estão os dividendos. Segundo os analistas Rodrigo Almeida e Eduardo Muniz, que assinam o relatório, o plano, juntamente com outros eventos pontuais de desembolsos de caixa, deverá aproximar a posição de caixa ao seu nível de referência e deixar pouco espaço para dividendos extraordinários em 2025.

A dupla explica que a Petrobras deverá ter uma sequência extensa de lançamentos de navios de exploração, as chamadas FPSO. O risco é que a petroleira ultrapasse o limite máximo da dívida bruta de US$ 65 bilhões, o que teria impacto na política de dividendos baseada no fluxo de caixa livre.

Manter a dívida bruta abaixo deste limite é crucial para a remuneração dos acionistas, uma vez que isso é uma condição necessária para a empresa seguir a sua política de dividendos baseada em fluxo de caixa, conforme sua política de dividendos, aprovada em julho de 2023.

Outras saídas de caixa, como dividendos extraordinários, acordos fiscais e potenciais fusões e aquisições, também poderiam levar a posição para entre US$ 9 bilhões a US$ 10 bilhões, perto da sua referência de US$ 8 bilhões.

“Em nossa opinião, isso deixa pouco espaço para dividendos extraordinários adicionais além dos US$ 4,5 bilhões já previstos para serem pagos no segundo semestre e no primeiro trimestre de 2025”, destaca.

Por outro lado, o Santander nota que a Petrobras tem a possibilidade de aumentar o teto para mais de US$ 65 bilhões, o que permitiria absorver arrendamentos adicionais sem necessariamente precisar reduzir seu endividamento financeiro, “mas isso ainda não está claro para nós neste momento”.

Editor-assistente
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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