Petrobras (PETR4): O recado sobre dividendos extraordinários, após lucro do 3T24
A Petrobras (PETR4) está em fase de análise sobre a possibilidade de distribuir dividendos extraordinários, segundo Fernando Melgarejo, diretor financeiro e de Relação com Investidores da estatal, em coletiva de imprensa nesta sexta-feira (8).
“Dividendos extraordinários devem ser avaliados diante da confecção do plano estratégico”, disse Melgarejo, indicando que a decisão deve ocorrer até o próximo dia 21 de novembro. Ele ressaltou que a eventual distribuição será considerada se houver um “nível de confiança adequado”, e a Petrobras tomará a melhor decisão a partir disso.
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Melgarejo explicou que a reserva de remuneração de capital da Petrobras é uma provisão contábil, e não indica necessariamente que a empresa possui caixa disponível para distribuir aos acionistas.
“Quando a gente decide o pagamento de dividendos, a gente olha o fluxo de caixa da companhia. A reserva é um instrumento para o pagamento, e não um driver de decisão”, pontuou, ressaltando a importância de garantir que qualquer distribuição seja sustentável.
Em relação aos investimentos, Melgarejo enfatizou o compromisso da Petrobras em buscar sempre os melhores projetos, assegurando retorno para os acionistas. “Todos os investimentos passam pela governança da companhia, atravessando diversos ambientes técnicos até sua aprovação”, disse.
Petrobras vai pagar R$ 17,1 bilhões em dividendos
A Petrobras anunciou na quinta-feira (7) que seu Conselho de Administração aprovou o pagamento de dividendos intercalares aos acionistas, totalizando R$ 17,12 bilhões, ou R$ 1,328 por ação ordinária e preferencial.
O valor é uma antecipação da remuneração dos acionistas referente ao exercício de 2024, com base no balanço de 30 de setembro.
A empresa ainda informou um lucro líquido de R$ 32,6 bilhões no terceiro trimestre, em uma alta anual de 22,3%, reflexo da melhora do lucro bruto e do resultado financeiro e das menores despesas operacionais.
O lucro antes de juros, impostos, amortização e depreciação (Ebitda) ajustado totalizou R$ 63,7 bilhões entre julho e setembro, queda de 3,8% versus o mesmo período de 2023.