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Petrobras (PETR4): O que esperar dos resultados e dividendos do 2T24?

08 ago 2024, 6:31 - atualizado em 07 ago 2024, 18:31
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Produção menor, spreads menores de refino e descontos mais elevados vs. IPP (paridade de preço de importação) devem implicar em um desempenho global mais fraco. (Foto: Reuters/Sergio Moraes)

A Petrobras (PETR4) deve registrar um lucro líquido de R$ 25,6 bilhões no segundo trimestre deste ano, frente aos R$ 28,8 bilhões do mesmo período do ano passado, de acordo com o consenso do mercado reunido pela Bloomberg.

Analistas também esperam pelo anúncio de dividendos de cerca de R$ 15 bilhões, segundo algumas projeções. Os números do trimestre e os prováveis proventos devem ser informados nesta quinta-feira (8), depois do fechamento do mercado.

O lucro da estatal deve ser afetado por um acordo de transação tributária fechado com a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN) em junho, correspondente ao fim dos litígios da empresa com o Carf relacionados a tributação de remessas ao exterior para pagar afretamento de embarcações.

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A Petrobras pagará R$ 19,8 bilhões, um desconto de 65% sobre o passivo original, mas será ressarcida parcialmente pelos parceiros das unidades envolvidas no caso – que representam 13% do valor a ser pago.

O que esperar da Petrobras e dividendos?

O Itaú BBA espera que a companhia reporte um Ebitda de US$ 9,4 bilhões, o que representaria uma queda de 24% na base anual. Ajustando a linha para excluir o efeito do acordo com o Carf, a empresa deve apresentar um Ebitda de US$ 12,8 bilhões. O banco, segundo relatório assinado por Monique Natal e equipe, espera por US$ 2,1 bilhões em dividendos. 

Para o BTG Pactual, o foco do investidores com o balanço do segundo trimestre provavelmente estará no capex orgânico (valores investidos na aquisição ou construção de um ativo fixo) da Petrobras. O banco prevê Ebitda ajustado de US$ 12,2 bilhões (-1,5% t/t) e dividendos de US$ 2,9 bilhões.

“Apesar de uma evolução de 4% na comparação trimestral nos preços do Brent e de uma desvalorização do real de 5%, esperamos que uma produção menor juntamente com spreads menores de refino e descontos mais elevados vs. IPP (paridade de preço de importação) resultem em um desempenho global mais fraco”, afirmou a instituição.

O Bank of America (BofA) prevê Ebitda ajustado da Petrobras a US$ 12,4 bilhões, um aumento de 10% no comparativo anual, com o avanço nos preços do Brent e a desvalorização cambial no trimestre compensando o queda na produção. O banco espera por um lucro líquido de US$ 2,1 bilhões.

A instituição, que segue recomendando a compra das ações da Petrobras por conta dos dividendos, disse esperar que a estatal anuncie cerca de US$ 2,8 bilhões (cerca de R$ 15 bilhões) em proventos, o que implica um rendimento de aproximadamente 3,4%, excluindo a recompra de cerca de 20,55 milhões de ações preferenciais realizada durante o trimestre.

“Nossa previsão considera um Capex de cerca de US$ 3,25 bilhões, aumento de 7% em relação ao trimestre anterior, mas ainda abaixo do Plano Estratégico da empresa”, disse o banco em relatório assinado por Caio Ribeiro e equipe.

Para o BB Investimentos, os resultados devem vir ligeiramente abaixo do primeiro trimestre, considerando os dados operacionais reportados, mas dentro das expectativas diante das janelas de paradas programadas de manutenção, e com um Brent ligeiramente mais alto.

“Os destaques positivos da produção do segundo trimestre foram a continuidade do ramp up das novas plataformas e a elevada taxa de utilização do parque de refino, mesmo considerando as paradas programadas realizadas nas refinarias Replan, Reduc, Recap, Revap e Regap”, disse em relatório.

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Editor
Jornalista formado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), com MBA em finanças pela Estácio. Colaborou com revista Veja, Estadão, entre outros.
kaype.abreu@moneytimes.com.br
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Jornalista formado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), com MBA em finanças pela Estácio. Colaborou com revista Veja, Estadão, entre outros.
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