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Petrobras (PETR4): O que esperar das ações após vendas e produção menores no 3T22, segundo a Ativa

25 out 2022, 9:44 - atualizado em 25 out 2022, 9:59
Petrobras
No segmento de Exploração & Produção, a produção média de óleo foi de 2,115 MMbpd. (Imagem: REUTERS/Adriano Machado)

Petrobras (PETR3; PETR4) divulgou números “sólidos” de vendas e produção no terceiro trimestre de 2022, o que indica que a petrolífera deve apresentar “bons resultados” no balanço do período, avalia o analista da Ativa Investimentos, Ilan Arbetman.

Com a manutenção na produção de petróleo, o analista espera que a Petrobras mantenha a margem Ebitda de Exploração e Produção próxima à 70%.

No refino, destaca, o aumento de volumes de vendas, maiores crack spreads em diesel e a alta taxa de utilização do parque devem majorar os números do segmento, diminuindo o peso da execução de uma política de paridade de importação espaçada durante o trimestre.

“De uma maneira geral, não dispomos de grandes ressalvas frente aos números apresentados por Petrobras neste 3T22 e esperamos uma boa recepção do relatório”, avalia Arbetman.

As ações da Petrobras podem dar continuidade nesta terça-feira (25) às perdas registradas ontem. É o que sinalizam os ADRs da estatal negociados no pré-mercado em Nova York, que por volta das 8h25 caíam 1,34%, seguindo a cotação do petróleo.

A Ativa reitera a recomendação de compra para PETR4, com preço-alvo de R$ 46,00 — o que  implica uma potencial alta de 34%, com base no fechamento de segunda-feira (24).

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Resultados sólidos

No segmento de Exploração & Produção, a produção média de óleo foi de 2,115 MMbpd.

A produção de óleo, LGN e gás natural caiu 0,3% na comparação trimestral, mas ficou em linha às expectativas da corretora. Os números foram impulsionados pelo ramp-up da FPSO Guanabara e P-68 e, negativamente, em função do início do contrato de partilha dos volumes excedentes da cessão onerosa de Atapu e Sépia e a desmobilização da FPSO Capixaba.

A Ativa destaca a manutenção da alta participação proporcional do pré-sal no mix da companhia. A produção se manteve em 1,6 MMbpd e seguiu representando 76,1% da produção de óleo da Petrobras.

No refino, as vendas aumentaram em 4,7% em função de maior demanda, enquanto a produção se manteve estável. O fator de utilização das refinarias segue elevado e atingiu 88% no trimestre, para dar conta do aumento consolidado das vendas e mitigar os desdobramentos da venda de derivados com alguma defasagem de preços frente ao Golfo.

Em Gás & Energia, a geração de energia elétrica teve uma queda trimestral de 17,1% em função da regularização da situação hídrica no país. Já a entrega de gás aumentou 2,9% devido à retomada de plataformas, enquanto a regaseificação de GNL decaiu 28,6%.

A melhora hidrológica resultou em menor demanda por geração elétrica, explica o analista. Apesar da manutenção de menores volumes da Bolívia, uma necessidade de importação próxima à registrada no segundo trimestre deve manter as margens do setor no campo positivo.

Quanto a divulgação de resultados do trimestre no próximo dia 3 de novembro, a Ativa destaca que os investidores devem ficar atentos se a companhia anunciará nova distribuição de proventos e novas informações a respeito do seu programa de desinvestimentos.

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Editora-assistente
Editora-assistente no Money Times e graduanda em Jornalismo pela Unesp - Universidade Estadual Paulista. Entrou para a área de finanças e investimentos em 2021.
giovana.leal@moneytimes.com.br
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