Petrobras (PETR4): O que a desistência da venda da refinaria em Minas revela sobre o futuro da estatal
A desistência da Petrobras (PETR3;PETR4) da venda da refinaria Gabriel Passos, em Minas Gerais, mostra que a nova gestão da estatal pode revisitar a ideia de alienar as refinarias que ainda não foram adquiridas, aponta a Ativa Investimentos.
Os analistas afirmam que uma eventual alienação continua não sendo o ideal, sobretudo diante das dúvidas que persistem sobre a precificação de derivados no país.
Segundo a Petrobras, o fim do acordo se deu devido a discordâncias relacionadas ao valor do ativo. Ao lado da Repar e da Refap, a Regap fazia parte do rol de refinarias cuja venda foi acertada com o Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica).
A empresa anunciou que sua intenção é retornar o ativo ao seu processo de desinvestimento num futuro próximo.
Para a Genial, a notícia é ruim à medida que a venda das refinarias reduziria o risco de se investir na petrolífera brasileira. Apesar disso, a venda de tais ativos já não era esperada, nem considerada nas estimativas da corretora.
“Historicamente, o braço de refino é utilizado com o objetivo de controlar preços dos derivados vendidos com consequente impacto negativo”, avalia a corretora.
O evento se soma ao fluxo de notícias ruins relacionadas à Petrobras — principalmente, depois da eleição de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que é contra a privatização da estatal — e trouxe volatilidade aos papéis. Por volta das 15h30, as ações ordinárias da companhia (PETR3) recuavam 1,97%, enquanto as preferencias (PETR4) caíam 2,23%.
A Genial tem indicação de compra para PETR4, com preço-alvo em R$ 40. Já a Ativa tem recomendação neutra para o ativo, com alvo em R$ 35.
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