Petrobras (PETR4): O quanto as ações podem subir ou cair com o resultado das eleições
As ações da Petrobras (PETR4) podem cair 25%, a depender do resultado das eleições e de “quais forem as diretrizes para a companhia”, disseram o Bradesco BBI e a Ágora Investimentos nesta sexta-feira (6).
Por outro lado, os papéis têm potencial de alta de mais de 100% por conta dos mesmos fatores, diz trecho do relatório assinado por Vicente Falanga e Ricardo França.
O comentário enviado a clientes não especifica os resultados que as instituições consideram, mas dá dimensão da dificuldade que analistas têm em precificar os papéis da estatal em meio à incerteza sobre a política de preços.
A companhia, pelo cenário externo de preços do petróleo e pela política de desinvestimentos, tende a apresentar um rendimento de dividendos de 40% neste ano, nas contas do UBS BB.
O patamar estipulado reforça o perfil da empresa como uma das grandes escolhas da Bolsa – que têm papéis mais sensíveis ao aperto monetário e alta da inflação.
A alta generalizada dos preços, no entanto, tem raiz também nos sucessivos reajustes para cima dos preços dos combustíveis.
O ex-presidente Lula (PT), que lidera a corrida presidencial, tem afirmado ser contra a política de preços da Petrobras, enquanto o atual mandatário, Jair Bolsonaro (PL), em segundo nas pesquisas, também reclama da alta dos combustíveis.
No dia anterior, o presidente pediu à estatal para que reduza sua margem de lucro, que considerou “absurdo”, e fez um apelo veemente para que não haja novos aumentos nos preços, sob o risco de o Brasil quebrar.
O comentário foi feito no dia em que a Petrobras divulgou um lucro acima do esperado no primeiro trimestre, de R$ 43,3 bilhões, e anunciou mais um pagamento de dividendos aos acionistas.
O que fazer com PETR4?
O Bradesco BBI segue recomendando a compra das ações da Petrobras, assim como a maior parte dos analistas, e diz que a empresa é a sua primeira escolha no setor.
Para o banco, a estatal é “provavelmente uma das oportunidades de valor mais óbvias e uma das histórias de dividendos mais marcantes de 2022”.
Analistas da instituição avaliam que a tese de PETR4 se encaixa no ambiente agressivo em termos de políticas monetárias que o mundo passa.
Outros bancos e corretoras seguem apontando o fator político como limitador para os preços dos papéis, embora destaquem os dividendos que a empresa ainda pode pagar aos seus acionistas.
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