Petrobras (PETR4): O provável anúncio de dividendos com o 2T24, segundo o BofA
O Bank of America (BofA) disse esperar que a Petrobras (PETR4) anuncie cerca de US$ 2,8 bilhões (cerca de R$ 15 bilhões) em dividendos, o que implica um rendimento de aproximadamente 3,4%, excluindo a recompra de cerca de 20,55 milhões de ações preferenciais realizada durante o trimestre.
“Nossa previsão considera um Capex de cerca de US$ 3,25 bilhões, aumento de 7% em relação ao trimestre anterior, mas ainda abaixo do Plano Estratégico da empresa”, disse o banco em relatório assinado por Caio Ribeiro e equipe.
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A estatal deve anunciar os proventos nesta quinta-feira (8), após o fechamento do mercado, com a divulgação dos resultados do segundo trimestre.
O BofA prevê Ebitda ajustado da Petrobras a US$ 12,4 bilhões, um aumento de 10% no comparativo anual, com o avanço nos preços do Brent e a desvalorização cambial no trimestre compensando o queda na produção.
“Estimamos um lucro líquido de aproximadamente US$ 2,1 bilhões, queda de 61% na base anual, impactado pelo acordo envolvendo disputas fiscais, conforme anunciado pela empresa em meados de junho, bem como a forte desvalorização cambial no 2T24”, escreveram os analistas.
Eles seguem recomendando a compra das ações da Petrobras por conta dos dividendos.
Como foi a produção da Petrobras?
A Petrobras divulgou no final do mês passado que a produção no segundo trimestre de 2024 alcançou 2,699 milhões de barris de óleo equivalente por dia (Mboed), alta de 2,4% em relação ao mesmo período do ano passado.
Segundo a estatal, o incremento foi propiciado pela evolução na produção (ramp-up) dos FPSOs Almirante Barroso, P-71, Anna Nery, Anita Garibaldi e Sepetiba, além da entrada em produção de 12 novos poços de projetos complementares, sendo oito na Bacia de Campos e quatro na Bacia de Santos.
Na comparação com o primeiro trimestre deste ano (1T24), a produção foi 2,8% inferior, devido, principalmente, ao maior volume de perdas por paradas para manutenções, dentro do previsto no PE 2024-28+, e ao declínio natural de campos maduros.
De acordo com a companhia, as vendas de derivados de petróleo no mercado interno tiveram aumento de 3,2% no trimestre, com destaque para a comercialização de diesel e de GLP, reflexo da maior atividade econômica e de temperaturas médias mais baixas, respectivamente.