Petrobras (PETR4): O ‘prazo’ para a política de fortes dividendos, segundo o BTG
A atual política de dividendos da Petrobras (PETR4) será seguida por mais um trimestre, disse o BTG Pactual nesta quinta-feira (9), estimando US$ 5,6 bilhões em proventos para o período – rendimento de 8%.
Para o banco, o fato de a petroleira ter pago o suficiente para cumprir sua política de pagamento – 60% do FCF menos capex – com base nos resultados de 2022, pode reduzir a disposição da administração em pagar mais dividendos.
“Embora as possibilidades sejam muitas, vemos grandes chances de uma nova fase de crescimento e retornos menores”, disse o banco, que tem recomendação neutra para PETR4. “Recomendamos aos investidores que não reajam (positivamente) de forma exagerada se a empresa pagar dividendos no próximo mês”.
O comentário, assinado por Pedro Soares e Thiago Duarte, é feito após a empresa reportar o relatório de produção do último trimestre e às vésperas da divulgação do balanço do período, em um momento em que o novo governo mostra disposição em reduzir o pagamento de dividendos.
Para o BTG, a Petrobras deve reportar uma leve queda do Ebitda de E&P devido aos preços mais baixos do petróleo (-10% t/t), produção estável e custos de extração de US$ 7,3/bbl.
Em uma base consolidada, o banco fala em R$ 160 bilhões de receita líquida (US$ 30 bilhões), R$ 92 bilhões de Ebitda (US$ 17,5 bilhões) e um lucro líquido de R$ 52 bilhões (US$ 10 bilhões).
Para o BTG, a Petrobras deve apresentar a alavancagem caia 0,1x t/t, refletindo R$ 42,6 bilhões (US$ 8 bilhões) em fluxo de caixa do acionista pré-dividendos.