Petrobras (PETR4): O evento que pode afetar a nova rodada de dividendos
É possível que a Petrobras não pague dividendos com a divulgação do balanço do quarto trimestre, em 1º de março, a depender da rapidez com que a empresa aprove os nomes indicados para a diretoria na gestão de Jean Paul Prates, disse o BTG Pactual nesta quarta-feira (22).
O novo CEO fechou o trio que, se aprovado pela companhia, terá o poder de decidir sobre reajustes nos preços dos combustíveis, após a indicação do gestor Sergio Caetano Leite à diretoria financeira.
Para o BTG, a maioria das indicações de Prates foi “altamente técnica”, incluindo, na avaliação do banco, o CFO. “No entanto, com uma equipe de gestão totalmente renovada [são ao todo nove membros na diretoria], esperamos agora que a agenda de Prates mude em alta velocidade”, disse.
Os analistas Pedro Soares e Thiago Duarte, que assinam o relatório do BTG, destacaram que o CFO anterior, Rodrigo Araujo, era um dos principais apoiadores da política de dividendos da Petrobras.
Segundo eles, comitês internos da empresa agora analisam sete indicados, cujos nomes “podem ser aprovados nos próximos dias”.
“Dada a crescente incerteza e os fundamentos nebulosos, recomendamos que os investidores permaneçam à margem até a visibilidade das novas políticas da empresa (dividendos, preços de combustível, capex) aumentar”, disse o BTG.
A avaliação do banco brasileira segue em linha com o que disseram os analistas do Morgan Stanley. “Com um novo CEO e potencialmente novos diretores executivos sendo apontados pelo novo governo Lula, esperaríamos que uma das primeiras ações seja uma redução na distribuição de dividendos”, comentaram em janeiro.
