Petrobras (PETR4): O céu é o limite? Investidores voltam a crescer os olhos em petroleira; veja motivos
Depois de um 2023 de deixar os investidores com sorriso de orelha a orelha, a Petrobras (PETR3;PETR4) volta a surpreender neste começo de ano. Em janeiro, a empresa liderou as altas e, nesta sessão, o papel volta a subir forte, com alta de quase 3%. No ano, a petroleira acumula salto de 10%.
Analistas de grandes bancos saíram satisfeitos com evento realizado pela gestão da estatal em Nova York.
Presente na reunião com investidores, o CEO da petroleira, Jean Paul Prates, colocou panos quentes sobre o novo Plano Estratégico 2024-2028, focado mais em energia limpa, mas, na visão de analistas, sem fazer grandes loucuras.
O Goldman Sachs destaca que entre os assuntos tratados, estava:
- as perspectivas da empresa para o crescimento da produção nos próximos anos (com destaque para a entrada de novos FPSOs e projetos de revitalização na Bacia de Campos);
- perspectivas para o segmento de refinação, especialmente em termos de níveis de utilização e preços de combustíveis no futuro;
- potenciais oportunidades de fusões e aquisições;
- perspectiva de dividendos;
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Petrobras: Dividendos extraordinários no radar?
O banco americano vê a Petrobras pagando dividendos extraordinários de US$ 7 bilhões. Porém, faz uma ressalva: o valor a ser pago poderá ser menor dependendo de quão conservadora for a gestão de caixa.
“A administração reiterou a política de dividendos aplicado trimestralmente e mencionou que o dividendo extraordinário deverá ser pago apenas uma vez por ano, provavelmente quando reportarem os resultados do 4T23 e do ano fiscal de 2023, previsto para 7 de março”, coloca.
Já o BTG destaca que a Prates afirmou que a Petrobras prosseguirá a transição energética, mas sem abandonar seu negócio principal ou sua responsabilidade financeira.
Para o banco, embora não houvesse grandes novidades em relação à estratégia da empresa, o evento reforçou a convicção que muitas das orientações fornecidas recentemente pela empresa parecem conservadoras e sem incorporar muitos riscos de execução.
E mais importante ainda, destaca o BTG, “tivemos o prazer de ouvir que o interesses do acionista controlador da empresa estão bem alinhados com os dos acionistas minoritários”.
“Nossa sensação é que isso demonstra pragmatismo e sugere que os dividendos extraordinários continuarão provavelmente a ser pagos”, destaca.