Petrobras (PETR4): Nova regra terá o preço sempre mais baixo que a PPI, diz CEO
A política de paridade de importação (PPI), que leva em conta o valor do dólar e do petróleo, está com os dias contados na Petrobras (PETR4). Nesta sexta-feira (12), o CEO da petrolífera, Jean Paul Prates, confirmou que uma nova fórmula de definição dos preços de combustíveis será anunciada na próxima semana.
Ele disse ainda que, junto a divulgação da nova política de preços, a Petrobras poderá reajustar os valores dos combustíveis. Como o Money Times mostrou, a companhia estuda reduzir o preço da gasolina em R$ 0,30; do diesel, em R$ 0,10; e do GLP, em R$ 15.
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Em entrevista ao jornal O Globo, Paul Prates indicou o que esperar da nova polícia comercial. Segundo ele, a nova regra terá o preço sempre mais baixo que a PPI para o consumidor, mas que não deixará de considerar indicadores internacionais, como o valor do petróleo.
“A Petrobras vai praticar como estratégia comercial respaldada nas vantagens competitivas de produzir e refinar no Brasil. Vai mudar até a terminologia. Será estratégia comercial ou composição de preço, porque vai incluir o fato de você ser um bom ou mau cliente ou se tem mais ou menos crédito comigo”, disse ao jornal O Globo.
Paul Prates esclareceu que a estratégia comercial que substituirá a PPI vai gerar preços diferentes para regiões e clientes distintos. Comprar em Santos, por exemplo, será mais barato que no interior. Porém, clientes da mesma cidade que compram quantidades diferentes poderão pagar valores distintos.
“Ser a melhor opção para o consumidor. É não perder aquele cliente. Ser sempre a melhor opção onde quer que você esteja em uma área de influência da refinaria”, disse Paul Prates sobre as diretrizes da nova política de preço.
Reunião com Lula
Nesta quarta-feira (10), o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, teve uma reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e os ministros Rui Costa (Casa Civil) e Alexandre Silveira (Minas e Energia).
Não se sabe se a eventual mudanças de preços estava na pauta. Mas, segundo Camarotti, o grupo não chegou a discutir a alteração na política de preços da companhia.
Atualmente, a estatal usa a Paridade de Preços de Importação (PPI), que não agrada o governo. A avaliação é de que esse cálculo estaria defasado e os preços dos combustíveis no país estão mais altos do que deveriam ser.
Assim como em outros governos, Lula vê nos combustíveis uma forma de controlar a inflação e ganhar pontos para a sua popularidade.