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Petrobras (PETR4): Nova política de preços ‘passou no teste’ segundo Prates

16 ago 2023, 16:20 - atualizado em 16 ago 2023, 16:20
Petrobras dividendos
O novo modelo de precificação de combustível, segundo Prates “passou no teste”.  (Imagem: Youtube/ Petrobras)

O presidente da Petrobras (PETR3PETR4), Jean Paul Prates, explicou em audiência pública conjunta das Comissões de Infraestrutura (CI) e de Desenvolvimento Regional (CDR), nesta quarta-feira (16), o modelo de precificação de combustível implementado na nova gestão. De acordo com Prates, a nova política “passou nos testes”.

Desde 2017 a estatal utilizava os preços de paridade de importação (PPI), que se baseia em valores dolarizados, de empresas que exportam  combustíveis ao Brasil.

Agora, o preço dos combustíveis é calculado principalmente observando o local de produção e o destino, entre milhares de outras variáveis, as quais constam também o PPI. Para o presidente da Petrobras  o modelo foi resgatado por tornar mais justo o preço ao consumidor final.

“PPI é a maior estupidez que um país pode praticar não sendo um importador. Por que vai praticar o preço da refinaria da Alemanha, do Texas, (…) mais o frete, mais a despesa colocadas na porta da refinaria brasileira? Isso é igual ao preço do concorrente mais ineficiente que você tem. No ano de 2017 foram 118 reajustes na cabeça do brasileiro, quem que vive com isso? Isso não tem a ver com ideologia, é lógica pura: não deu certo”, disse Prates.

Sobre o reajuste dos combustíveis

O presidente da empresa pública ainda disse que o reajuste no preço da gasolina anunciado nessa terça-feira (16) comprova o comprometimento da gestão com o método de preços.

“‘Quero ver na hora que subir o preço lá fora, se [a Petrobras] vai fazer o ajuste’. Fizemos. Portanto, a política passou no teste e vamos fazer [reajuste] quando for necessário”, disse Jean Paul Prates, referindo-se às falas de críticos da nova política de preços do governo.

Transição energética

Quanto aos impactos ambientais que a exploração marítima de petróleo no Amapá causaria, o presidente da Petrobras  considerou as críticas exageradas.

Ele mencionou termos técnicos como “bacia da Foz do Amazonas”, que incluem pontos a mais de 500 quilômetros da terra, e “exploração de petróleo”, que são processos preliminares para averiguar a existência do combustível fóssil, para argumentar que as operações da empresa no litoral do Amapá serão seguras.

O senador Marcelo Castro, que também estava presente na audiência pública, observou que, com a perspectiva de aumento de fontes energéticas sustentáveis, a indústria petrolífera tende a perder relevância. Para o senador, que é presidente da CDR, o hidrogênio verde é uma possível alternativa de investimento para o Brasil.

“Hoje a energia do momento é o hidrogênio verde. E nós no Brasil, temos uma capacidade muito grande de produzir energia eólica, solar, biomassa… e dessas, a gente poder produzir hidrogênio verde, para consumo interno e para exportação. O Brasil tem potencial de ser uma Arábia Saudita de energia na base do hidrogênio”, constatou Castro.

O presidente da Petrobras estima que o petróleo deixará de ter a atual relevância em cerca de cinco décadas. Para ele, a Petrobrás possui técnicas e conhecimentos para a produção de energia eólica com instalação de hélices no mar, chamada de “energia eólica offshore”.

A técnica teria vantagens como não ter que lidar com propriedades e a possibilidade de utilização de hélices maiores.

*Com informações da Agência Senado

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Jornalista formada pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, atua há 3 anos na redação e produção de conteúdos digitais no mercado financeiro. Anteriormente, trabalhou com produção audiovisual, o que a faz querer juntar suas experiências por onde for.
juliana.caveiro@moneytimes.com.br
Jornalista formada pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, atua há 3 anos na redação e produção de conteúdos digitais no mercado financeiro. Anteriormente, trabalhou com produção audiovisual, o que a faz querer juntar suas experiências por onde for.

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