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Petrobras (PETR4) nega ter reserva de R$ 200 bilhões em dividendos criticada por Bolsonaro

21 jun 2022, 14:13 - atualizado em 21 jun 2022, 14:14
Petrobras (PETR4)
Estatal cita, entre outros valores, a Reserva Legal (R$ 25,5 bilhões) e a Reserva de Incentivos Fiscais (R$ 3,6 bi).(Imagem: Money Times/Renan Dantas)

A Petrobras (PETR4) disse nesta terça-feira (21) que não é verdadeira a informação de que existe uma reserva de R$ 200 bilhões para distribuição de lucros pela companhia – os chamados dividendos.

O presidente Jair Bolsonaro disse, durante conversa com apoiadores na segunda (20), que a empresa tinha “reservado, em documento deles, atingir uma meta, R$ 200 bilhões no corrente ano para os acionistas.”

Segundo a Petrobras, o valor de R$ 208,6 bilhões citado nas demonstrações financeiras individuais do primeiro trimestre de 2022 como “Reserva de Lucros” inclui diversos itens como:

  • Reserva Legal (R$ 25,5 bilhões) e a Reserva de Incentivos Fiscais (R$ 3,6 bi), utilizadas para compensar prejuízos fiscais ou aumento do capital social, se houver necessidade;
  • Reserva Estatutária (R$ 8,6 bilhões), destinada ao custeio de programas de pesquisa e desenvolvimento tecnológico;
  • Reserva de Retenção de Lucros (R$ 89 bilhões), voltada prioritariamente à aplicação de investimentos previstos no orçamento de capital da Petrobras.

Esta última, conforme previsão legal, também pode ser utilizada para absorção de prejuízo, aumento de capital ou distribuição de dividendos, informou a estatal.

“Adicionalmente, no grupo de ‘Reserva de Lucros’ constam os dividendos adicionais propostos do exercício de 2021 (R$ 37,3 bi), que foram aprovados pela Assembleia Geral Ordinária (AGO) de acionistas da Petrobras e pagos em 16 maio”, disse a Petrobras.

Também constam na linha de “Reserva de Lucros os lucros acumulados no primeiro trimestre de 2022 (R$ 44,6 bi), cuja destinação será aprovada pela AGO de 2023 da Petrobras”, afirmou a companhia.

“Importante reforçar que a Reserva de Lucros foi constituída ao longo dos anos em conformidade com a Lei das Sociedades por Ação e Estatuto Social da companhia e não configura obrigação de desembolso”, disse a empresa.

“A Petrobras ressalta que suas demonstrações financeiras, arquivadas na CVM, são preparadas de acordo com os International Financial Reporting Standards (IFRS) emitidos pelo International Accounting Standards Board (IASB) e também em conformidade com as práticas contábeis adotadas no Brasil pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC) que foram aprovadas pela CVM. Adicionalmente, essas demonstrações são objeto de revisão por parte de auditores independentes”.

Veja o documento divulgado pela Petrobras: