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Petrobras (PETR4) nega acordo sobre sua participação na Braskem (BRKM5); petroquímica dispara 14%

26 mar 2025, 15:19 - atualizado em 26 mar 2025, 17:42
braskem brkm5
(Imagem: Divulgação/Braskem)

A Petrobras (PETR4) informou ao mercado, nesta quarta-feira (26), que não houve decisão sobre sua participação na Braskem (BKRM5), após o Valor Econômico noticiar que credores da petrolífera e da Novonor negociam novo acordo de acionistas na petroquímica.

Segundo apuração do jornal, citando fontes familiarizadas com o tema, a futura participação acionária dos cinco bancos credores — Itaú, Santander, Bradesco, Banco do Brasil e Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) — na petroquímica seria alocada em um fundo de investimento em participações (FIP) gerido pela Geribá Investimentos, com controle da Novonor e da Petrobras.

“A Petrobras conduziu due dilligence na Braskem para eventual exercício de tag along ou direito de preferência, na hipótese de alienação das ações detidas pela Novonor na Braskem, conforme regras previstas no Acordo de Acionistas entre Petrobras e Novonor e segue estudando alternativas”, disse a empresa em comunicado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

As ações da petroquímica, inclusive, performam entre as maiores altas do Ibovespa (IBOV) no pregão desta quarta (26), chegando a saltar 14,15%, a R$ 23,67, na máxima do dia. Os papéis fecharam com avanço de 9,68% (R$ 11,78). Acompanhe o tempo real.

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Em que pé estão as finanças da Braskem?

A Braskem sofreu prejuízo de US$ 967 milhões no quarto trimestre (4T24), três vezes maior do resultado negativo apurado no mesmo período de 2023 e com um desempenho operacional recorrente em queda de 50%.

A companhia, que há anos vem enfrentando desembolsos bilionários para reparar prejuízos em Maceió relacionados a eventos derivados do afundamento do solo da cidade em que a empresa promovia atividades de mineração, apurou lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) recorrente de US$ 102 milhões nos três últimos meses do ano passado, queda de 52% na comparação anual.

O balanço da companhia foi novamente impactado em parte por efeitos cambiais que ajudaram o resultado financeiro a ficar negativo no período em US$ 1,1 bilhão, bem acima dos US$ 154 milhões, também negativos, do quarto trimestre de 2023.

*Com informações da Reuters

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Repórter
Formada em jornalismo pela Universidade Nove de Julho. Ingressou no Money Times em 2022 e cobre empresas.
lorena.matos@moneytimes.com.br
Formada em jornalismo pela Universidade Nove de Julho. Ingressou no Money Times em 2022 e cobre empresas.