Petrobras (PETR4): Mais uma troca de CEO que não muda o quadro, dizem minoritários
A mais recente reviravolta no comando da Petrobras (PETR4) também repercutiu entre os acionistas minoritários da estatal nesta segunda-feira (20). Apesar do pedido de demissão do CEO, o quadro continua o mesmo, segundo investidores.
Para Aurélio Valporto, presidente da Abradin (Associação Brasileira de Investidores), a despeito do impacto que elevar preços dos combustíveis causa na inflação brasileira, os executivos da estatal têm o dever de buscar o melhor resultado possível à empresa.
“O caminho mais rápido e fácil para isso foi adotado por Pedro Parente, então CEO da estatal em 2016, que é alinhar os preços da Petrobras, um oligopolista dominante, aos preços ditados pelo cartel internacional, a Opep, ainda que prejudique toda a economia nacional”, afirmou Valporto com exclusividade ao Money Times.
Ele ainda acrescenta que o CEO da Petrobras que não fizer isso estaria faltando com o seu dever de fidúcia e poderia até mesmo se sujeitar a ações judiciais.
A quem cabe solucionar a alta dos combustíveis?
O representante dos acionistas minoritários explica que o governo federal tem instrumentos legais para regular os preços praticados pela Petrobras, como acionista majoritário que é.
A criação de imposto de exportação sobre petróleo e seus derivados, por exemplo, forçaria o aumento da oferta interna a preços inferiores, cita como alternativa.
Class action
Valporto também desmistificou alegações que foram ventiladas no mercado sobre a possibilidade de uma “class action” nos Estados Unidos caso novos reajustes de preços dos combustíveis continuem a ser executados pela Petrobras.
Para ele, não existe absolutamente nenhuma possibilidade de class action contra a empresa porque a estatal não está lesando os acionistas, seriam medidas governamentais para regular o preço.
“Medidas estas que se encontram previstas até mesmo no prospecto de aumento de capital da Petrobras, que ressaltava que por se tratar de produto economicamente estratégico há o risco da estatal ter seus preços regulados pelo governo federal”, afirma.
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