Petrobras (PETR4): Mais um bancão gringo recomenda compra e vê ‘risco Lula’ menor
Dias após o JPMorgan elevar a Petrobras (PETR4) para compra, agora é a vez do Goldman Sachs coroar o bom momento da estatal.
Em documento enviado a clientes nesta terça-feira (20), o bancão mudou a recomendação de neutra para compra, com preço-alvo para as ações preferenciais de R$ 41, potencial de ganhos de 34%, e de R$ 45 para as ordinárias (potencial de alta de 31,4%).
De acordo com o Goldman, mesmo com a disparada de 50% dos papéis da Petrobras desde o final das eleições, que sagrou Luiz Inácio Lula da Silva presidente, a empresa segue atrativa.
Os analistas Bruno Amorim, João Frizo e Guilherme Costa Martins sustentam que alguns riscos não se concretizaram após alguns esclarecimentos sobre as políticas a serem adotadas pelo novo governo, como:
- dividendos: a administração já mencionou que acredita que o pagamento de 25% sobre os lucros é baixo, além de um programa de recompras estar no radar. Espera-se que a nova política de dividendos seja anunciada até o final de julho;
- preços dos combustíveis: para os analistas, a nova política não é direta, mas indica que a Petrobras ainda segue as tendências de preços internacionais;
- alocação de capital: o capex (investimentos) das iniciativas de baixo carbono pode ser limitado em até 15%. O plano detalhado será apresentado até novembro;
Em relação aos dividendos, assumindo preço do petróleo abaixo de US$ 75 o barril, o Goldman espera retorno de 15% do fluxo de caixa livre (FCF) em 2024 e 2025, “um dígito médio alto para as principais empresas globais sob premissas de preços de petróleo semelhantes”, com distribuição de 40% do lucro.
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Além disso, se baseasse suas políticas no que outras grandes companhias petrolíferas estão fazendo, a estatal poderia pagar mais US$ 3,9 bilhões em dividendos junto com os resultados do segundo trimestre em agosto e US$ 3,5 bilhões com os resultados do terceiro trimestre em outubro.
“Acreditamos que isso já implica um prêmio relevante em relação aos pares e indica que pelo menos uma parte do risco político já está precificada”, discorre.
O banco vê a Petrobras negociada a 3 vezes o EV/Ebitda (valor da empresa sobre resultado operacional) contra 4,5 vezes de outras empresas de petróleo.
Mesmo assim, o Goldman tem preferencia pelas ações da PRIO no setor de petróleo, com entrega operacional sólida, forte perspectiva de crescimento, avaliação barata e risco político significativamente menor.