Petrobras (PETR4): Mais crescimento, menos dividendos; é hora de vender a ação?
A aceleração do crescimento da Petrobras (PETR3;PETR4) significa menos dividendos, avaliam os analistas do BTG Pactual.
A avaliação do banco sobre a petroleira acontece após ela anunciar que assinou uma carta de intenções com a norueguesa Equinor que amplia a cooperação entre as empresas para avaliar a viabilidade de sete projetos de geração de energia eólica offshore na costa brasileira.
Os projetos da Petrobras podem custar cerca de US$ 70 bilhões e levar em torno de seis anos para começar, acrescentou o presidente da empresa, Jean Paul Prates.
Nesta terça-feira (7), as ações PETR3 e PETR4 da companhia operavam em queda de 3,27% e 3,13%, respectivamente, por volta das 16h30, e eram destaques negativos do Ibovespa.
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Pedro Soares e Thiago Duarte, analistas do BTG, ressaltam que o projeto precisaria ser incorporado ao plano estratégico (PE) da empresa, pois o plano atual não contempla investimentos desse porte no segmento eólico offshore.
Para os analistas, se a Petrobras “deseja entrar em uma nova fase de crescimento, precisaria desviar seu FCF (fluxo de caixa livre) para investimentos”.
Essa mudança, no entanto, pode resultar em uma redução nos dividendos, “que atualmente são um dos principais motivos para uma visão otimista”, apontam.
Os analistas, no entanto, reiteram que o impacto quantitativo de curto prazo dos parques eólicos offshore provavelmente será mínimo e que os projetos podem se mostrar lucrativos no futuro.
O banco mantém visão neutra para as ações da companhia, ainda cauteloso com o nome.
Já a Genial Investimentos avalia a notícia como negativa para a Petrobras e considera “pouco provável que tais projetos sejam viáveis e que gerem valor à empresa”.
Vitor Sousa e Israel Rodrigues, analistas da corretora, destacam que as eólicas offshore possuem um custo de implementação por MWh (megawatt-hora) muito superior às eólicas convencionais, “que já estão enfrentando desafios em desenvolver novos projetos, tendo em vista as atuais condições de mercado”.
Na leitura preliminar dos analistas, os “projetos devem ser muito desafiadores do ponto de vista da geração de valor aos acionistas”, considerando os baixos preços de energia no segmento de geração e alto custo do investimento/MWh instalado.
A Genial Investimentos alterou a recomendação da Petrobras para “venda”, com um preço-alvo de R$ 30.
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