Petrobras (PETR4): Lucro recorrente salta 80% no 4T22, para R$ 43 bi, e bate expectativas
A Petrobras (PETR3;PETR4) reportou lucro líquido recorrente de R$ 42,9 bilhões no quarto trimestre de 2022, alta de 80% em relação ao mesmo período de 2021, mostra documento enviado ao mercado nesta quarta-feira (1º).
O lucro líquido atribuído aos acionistas não recorrente foi de R$ 43,3 bilhões, elevação de 37,6%.
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O número ficou um pouco acima do esperado pelo consenso da Bloomberg, que aguardava lucro líquido de R$ 41 bilhões.
“Esse aumento se deve principalmente à alta de 43% do Brent, maiores margens de derivados, melhor resultado financeiro e ganhos com acordos de coparticipação em campos da Cessão Onerosa, parcialmente compensado por maior recolhimento de impostos e ausência de ganhos com reversão de impairment”, justifica.
Em 2022, a empresa lucrou R$ 188,3 bilhões, maior lucro já registrado por uma empresa de capital aberto, segundo dados do TradeMap.
Excluindo os efeitos não recorrentes, o lucro líquido teria sido de R$ 177,4 bilhões.
A receita com vendas subiu 18,2%, para R$ 158 bilhões. De acordo com a Petrobras, a alta foi puxada principalmente pela disparada de 43% do Brent em relação a 2021 e por maiores preços de derivados e gás natural em um ano de continuidade da retomada da demanda mundial e com oferta impactada pela guerra da Ucrânia.
“O forte crescimento das vendas de petróleo no mercado interno em 2022 é explicado pelas vendas para Acelen (Refinaria de Mataripe), após desinvestimento concluído em 30 de novembro de 2021”, discorre.
Já no quarto trimestre, a receita caiu 7% em relação ao 3T22 principalmente devido à desvalorização de 12% do Brent entre os trimestres.
As receitas de exportações, apesar da queda do Brent, aumentaram 21% em comparação com o terceiro trimestre.
O diesel e a gasolina continuaram sendo os principais produtos, respondendo juntos por 76% da receita de derivados.
“Com a continuidade da guerra na Ucrânia, mantivemos em 2022 a estratégia de diversificação de fluxos de petróleo e seguimos com o desenvolvimento de mercado de correntes de óleo do pré-sal, de forma a maximizar o valor das
exportações da Petrobras”, diz.
O Ebitda, que mede o resultado operacional, ajustado somou R$ 73 bilhões, alta de 16,1%, influenciado principalmente pela valorização de 43% do Brent médio do ano e por maiores preços de derivados em 2022.
No trimestre, a queda de 20% em relação ao terceiro trimestre se deve desvalorização de 12% do Brent e menores margens de derivados no período, além de maiores despesas exploratórias e contingências judiciais.
A dívida bruta caiu 8,4%, para R$ 53 bilhões. A relação entre dívida e Ebitda ficou em 0,63 vezes.
Veja o documento: