Petrobras (PETR4) lucra R$ 28 bilhões no 2T23 e bate expectativas do mercado
A Petrobras (PETR3;PETR4) encerrou o segundo trimestre de 2023 com lucro líquido de R$ 28,7 bilhões, queda de 47% em relação ao mesmo período do ano passado, mostra documento enviado ao mercado nesta quinta-feira (03). Já para o lucro líquido recorrente, a redução foi de 35,9%.
Apesar disso, o resultado ficou acima da expectativa reunida pela Bloomberg, que esperava lucro de R$ 24 bilhões.
De acordo com a empresa, o tombo de 40% do petróleo Brent, referência para Petrobras, foi um dos vilões do trimestre.
Fora isso, um crack spreads internacionais do diesel e maiores despesas operacionais, com destaque para despesas com impairment (R$ 1,9 bilhão) e tributárias (R$ 600 milhões), contribuíram para a queda.
O buraco poderia ter sido pior, não fossem os maiores ganhos de capital com venda de ativos (R$ 800 milhões), menores despesas financeiras (R$ 2,9 bilhões), puxado pelo tombo do dólar, e menores despesas com imposto de renda (R$ 5,9 bilhões), em função do menor resultado antes.
A receita com vendas caiu 33,4% ante o mesmo período do ano passado, somando R$ 113 bilhões.
No relatório, a Petrobras cita as menores receitas com exportações para justificar o número. O Ebitda, que mede o resultado operacional, ajustado seguiu as outras linhas e derreteu 47%, a R$ 56 bilhões.
O indicador teve impacto negativo de R$ 1,5 bilhão, sendo influenciado pelas contingências judiciais (R$ 500 milhões) e pelo imposto sobre a exportação de petróleo (R$ 1 bilhão). Desconsiderando-se os efeitos dos itens não recorrentes, o Ebitda Ajustado teria atingido R$ 58,2 bilhões.
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Venda de ativos da Petrobras ajudaram; investimentos ficam estáveis
Criticado pela atual gestão, as vendas de ativos ajudaram a Petrobras no trimestre.
A venda dos Polos Potiguar e Norte Capixaba (R$ 3,4 bilhões) compensaram as despesas com impairment (R$ 1,9 bilhão), contingências judiciais (R$ 500 milhões) e o imposto sobre a exportação de petróleo (R$ 1 bilhão), que vigorou por quatro meses a partir de março de 2023.
Uma das principais bandeiras da gestão Prates, os investimentos totalizaram US$ 3,2 bilhões, 31% acima do primeiro trimestre, devido principalmente aos grandes projetos do pré-sal e ao impacto do bônus de assinatura relativo aos campos de Sudoeste de Sagitário, Água Marinha e Norte de Brava.
Mesmo assim, o número segue aquém da antiga gestão, com uma alta de 5,5% ante o mesmo período do ano passado.
Em nota, o CEO da Petrobras, Jean Paul Prates, declarou que a companhia “apresentou uma performance financeira e operacional consistente no segundo trimestre, mantendo sua rentabilidade de maneira sustentável e com total atenção às pessoas.
“Vamos seguir trabalhando, focados no presente, mas também de olho no futuro, preparados para a transição energética justa e investindo no futuro da companhia e do Brasil.”
Dividendos da Petrobras
A Petrobras também anunciou que pagará R$ 1,14 por ação em dividendos.
O pagamento se dará em duas parcelas, sendo:
- primeira parcela, no valor de R$ 0,574652 por ação ordinária e preferencial, paga em 21 de novembro de 2023.
- segunda parcela, no valor de R$ 0,574652 por ação ordinária e preferencial, paga em 15 de dezembro de 2023.
A data do corte será a partir de 21 de agosto de 2023 para os detentores de ações de emissão da Petrobras negociadas na B3 e o record date será dia 23 de agosto de 2023 para os detentores de ADRs.
Veja o documento: