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Petrobras (PETR4): Jean Paul Prates ficará no cargo, diz Reuters

10 abr 2024, 17:15 - atualizado em 10 abr 2024, 17:15
PETROBRAS PETR4 JEAN PAUL PRATES
Todo o imbróglio começou quando Alexandre Silveira, ministro de Minas e Energia, admitiu que possuia divergências com Prates (Imagem: Adriano Machado/Reuters)

Depois de dias balançando no cargo, Jean Paul Prates deverá continuar no cargo de CEO da Petrobras, informa a Reuters. Segundo a agência de notícias, a pressão para demiti-lo diminui.

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“Fica mesmo, ao menos por enquanto”, disse uma fonte do governo brasileiro, que preferiu falar em sigilo.

Na última terça-feira (09), Alexandre Silveira, ministro de Minas e Energia, colocou panos quentes na história ao falar que cabe ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva a definição do presidente-executivo da Petrobras

Silveira, apontado como um dos pivôs de uma crise para uma eventual troca do presidente da Petrobras, acrescentou que tem “respeito e admiração” pelo trabalho de Prates.

Para a Ativa Investimentos, a notícia é positiva, uma vez que:

  1. o mandatário vem fazendo um trabalho equilibrando os interesses entre governo e acionistas;
  2. a sua manutenção significa que nomes mais heterodoxos, como o de Mercadante, não assumirão a cadeira, o que atrapalharia todo o planejamento iniciado por Prates em 2023.

“Acreditamos que a percepção da manutenção de Jean Paul Prates como CEO ajude o papel no dia de hoje, em que o mercado como um todo não apresenta uma performance positiva”, completa.

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Entenda os problemas da Petrobras

Todo o imbróglio começou quando Alexandre Silveira, ministro de Minas e Energia, admitiu que possuia divergências com Prates em entrevista à Folha de S.Paulo.

Questionado se Prates está fazendo um bom trabalho, Silveira se limitou a dizer que “a avaliação da gestão do presidente da Petrobras eu deixo a cargo do presidente da República”.

Na entrevista, Silveira também deixa claro que “não abre mão de sua autoridade nas discussões”.

“O dia em que você abre mão por um segundo da sua autoridade você nunca mais recupera. Então, a autoridade que me é delegada — e autoridade não é arrogância— eu não transigirei em executar”, afirmou

A entrevista foi suficiente para que, no dia seguinte, Prates pedisse uma reunião com Lula para tratar do assunto, segundo a Folha. O jornal chegou informar que Prates estaria estudando ‘deixar o cargo’ após a fritura.

Porém, horas depois, Prates desmentiu e chegou a fazer piada com o fato.