Comprar ou vender?

Petrobras (PETR4): Itaú calcula dividendos, preço-alvo e recomenda compra; veja potencial

16 set 2024, 12:21 - atualizado em 16 set 2024, 17:35
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Na bolsa, a ação reagia. Por volta das 11h37, a ação subia 1,83%m enquanto a PETR3 tinha alta de 1,31% (Imagem: iStock/simonmayer)

O Itaú BBA revisitou a Petrobras (PETR3;PETR4) e chegou a conclusão de que é hora de comprar os papéis. A corretora elevou a recomendação de neutro para outperform, o equivalente à compra, com preço-alvo de R$ 48 até 2025, o que abre potencial de alta de 31%.

Em reação, os papéis preferenciais (PETR4) da estatal foram os mais negociados na B3 e terminaram com alta de 1,39%, a R$ 37,21.



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Segundo os analistas, a empresa negocia a 3 vezes o EV/Ebitda (valor de firma sobre resultado operacional) e um preço sobre lucro de apenas 4,3 vezes, enquanto o rendimento de dividendos pode chegar a 14%.

Apesar disso, o BBA destaca que o potencial pagamento esperado para 2025 pode ser impactado por variações nos preços do petróleo, mudanças no posicionamento de preços da empresa para combustíveis, ritmo de crescimento na produção de petróleo e, claro, execução de capex (investimentos).

Segundo os analistas, o próximo Plano Estratégico passará por alguns ajustes anuais regulares que incluirá novos estudos de projetos potenciais nos segmentos que foram apenas repriorizados pela empresa. A empresa deverá divulgar um novo plano em novembro para 2025-2029.

“Mas o foco deve permanecer no crescimento da produção e na reposição das reservas da empresa”, dizem.

Em 2025, o Itaú diz que é improvável haver um grande salto no capex (investimentos). A empresa revisou sua orientação de capex para 2024 a US$ 13,5 — 14,5 bilhões, o que significa que, para atender à orientação de capex atual para 2025, a empresa teria que aumentar as despesas de capex em mais de 50%.

Segundo o BBA, isso é historicamente incomum para a Petrobras e parece inviável.

“Nossa estimativa preliminar indica um potencial revisão de 15% para baixo na orientação de capex para 2025, para US$ 19 bilhões. Excluindo despesas de leasing e assumindo uma subexecução de cerca de 15%, o capex real pode ficar em torno de US$ 16 bilhões em 2025”.

O BBA assume preços médios de petróleo em US$ 81/bbl para 2024, US$ 77/bbl para 2025 e US$ 72/bbl para 2026, com uma queda para US$ 70 em 2027.

Na política de preços, a equipe calcula um desconto médio de 5% para o diesel e 8% para a gasolina em comparação à referência de paridade de importação (limite superior das faixas de preço).

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Goldman reduz preço-alvo da Petrobras

Na semana passada, o Goldman Sachs reduziu em 10% o preço-alvo para as ações da petroleira diante da queda de 20% do petróleo tipo Brent desde junho.

O banco vê o valor justo para o papel preferencial em R$ 39,40, ante os atuais R$ 36,87, e segue recomendando a compra da ação da petroleira.

Segundo o Goldman Sachs, o fluxo de caixa livre da Petrobras no ano apresenta um spread de 3 pontos percentuais em comparação aos principais pares globais.

A nova estimativa é feita depois que a equipe global de commodities do banco reduziu a projeção de preços do petróleo para US$ 70-85/bbl, dada a demanda fraca na China, produção mais forte do que o esperado nos Estados Unidos e surpresas positivas para estoques da OCDE.