Petrobras (PETR4) inicia bem o ano e Casas Bahia (BHIA3) tomba 30%; os destaques do Ibovespa em janeiro
O Ibovespa acabou janeiro distante dos patamares históricos vistos no fim do ano passado. O índice cravou perdas de mais de 4% no mês, fechando esta quarta-feira (31) abaixo dos 128 mil pontos.
Janeiro foi um mês de altas mais modestas. Petrobras (PETR4) teve a maior valorização e subiu 8,62%. Hoje, o valor de mercado da gigante petroleira é de R$ 539,7 bilhões.
Além do avanço do petróleo, analistas do BTG Pactual avaliam que uma leitura mais benigna dos principais riscos da tese da Petrobras pelo mercado e a crescente confiança dos investidores de que a companhia poderá repetir a dose e entregar retornos elevados também em 2024 via dividendos e recompras de ações impulsionaram a estatal na bolsa brasileira.
Aos investidores mais temerosos com a exposição da Petrobras ao cenário político, o BTG acredita que o pragmatismo prevalecerá, abrindo caminho para novos resultados sólidos e pagamento de dividendos substanciais.
Em dividendos extraordinários, o BTG projeta um pagamento de US$ 7,1 bilhões com base nos resultados do ano fiscal de 2023 e US$ 4,3 bilhões adicionais com base no ano fiscal de 2024, totalizando US$ 11,4 bilhões nos próximos cinco resultados trimestrais, ou um dividend yield (rendimento do dividendo) de 11%.
“Combinada com a distribuição orgânica acima mencionada de US$ 15,8 bilhões, a distribuição total poderia chegar a US$ 27,2 bilhões, resultando em um enorme dividend yield de 27%”, destaca o banco.
Com recomendação de compra para as ações da Petrobras, o time de análise faz questão de reforçar que existe bastante espaço para “acomodar uma remuneração aos acionistas que exceda a sua política de distribuição”.
- As melhores e as piores ações de janeiro: Analistas comentam o que motivou o desempenho positivo (ou negativo) dos papéis, e ainda revelam suas recomendações para fevereiro. Confira no Giro do Mercado clicando abaixo:
Casas Bahia tomba 30% e lidera perdas
Do lado das quedas, a Casas Bahia (BHIA3) liderou o ranking após derreter 30,67% no mês. As perspectivas para a companhia em 2024 seguem desafiadoras, com BB Investimentos projetando mais um ano de “seca”.
No início do mês, o banco rebaixou a recomendação das ações para venda, citando o movimento delicado vivido pela varejista.
De acordo com o BB, o rebaixamento de ratings corporativos e de crédito acendeu um alerta quanto ao elevado risco de execução do plano de recuperação da Casas Bahia.
Analistas do mercado também projetam mais um balanço fraco da empresa. O Banco Safra, por exemplo, espera que a Casas Bahia apresente na temporada do quarto trimestre de 2023 números negativamente afetados condições macro difíceis, principalmente nos segmentos 1P e lojas físicas, que são altamente expostos a eletrônicos e eletrodomésticos.
Na avaliação do banco, isso deve fazer com que as receitas da companhia recuem 17%. Em termos de margens, os resultados da Casas Bahia devem mostrar impacto negativo advindo de ajustes relacionados ao processo de turnaround.
A expectativa do Safra é de prejuízo líquido de R$ 635 milhões para a empresa devido a uma combinação de piora na performance operacional e despesas financeiras maiores.
Confira as maiores altas do Ibovespa em janeiro:
Empresa | Ticker | Valorização (%) |
---|---|---|
Petrobras | PETR4 | 8,62 |
Petrobras | PETR3 | 8,16 |
Cielo | CIEL3 | 7,34 |
Grupo Soma | SOMA3 | 6,31 |
PetroReconcavo | RECV3 | 6,12 |
Confira as maiores quedas do Ibovespa em janeiro:
Empresa | Ticker | Valorização (%) |
---|---|---|
Casas Bahia | BHIA3 | -30,67 |
MRV | MRVE3 | -29,83 |
Vamos | VAMO3 | -18,87 |
Braskem | BRKM5 | -18,53 |
EzTec | EZTC3 | -17,43 |