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Petrobras (PETR4), gastos e a alternativa envolvendo dividendos

16 nov 2022, 16:16 - atualizado em 16 nov 2022, 16:16
O presidente eleito Lula; petrobras esteve no centro do debate na campanha
Economista não vê aumento de receita no curto prazo com a reforma tributária de Appy. (Imagem: REUTERS/Carla Carniel)

Ex-diretor de relações internacionais do Banco Central, Alexandre Schwartsman disse nesta quarta-feira (16) não esperar qualquer avanço na agenda de privatizações no governo Lula, em especial da Petrobras (PETR4).

Uma eventual privatização da petroleira, inclusive, não seria a solução para cobrir o déficit fiscal porque traria receita por “um ou dois” anos, acrescentou em reunião com um grupo de clientes do family office Portogallo. “Não é algo recorrente”, disse.

Para Schwartsman, uma alternativa à privatização da Petrobras seria o aumento de impostos. “O ajuste fiscal de 99 foi feito com base em aumento de receita”, destacou. “O que aconteceu em 2003 foi pelo lado da receita, em parte porque mudou o PIS/Cofins e em parte porque os preços de commodities ajudaram”.

O economista não vê aumento de receita no curto prazo com a reforma tributária elaborada pelo ex-secretário de política econômica Bernard Appy, apesar de destacar que é uma reforma “muito boa”. “O Appy fala em 10 anos para conseguir calibrar as alíquotas”.

O PIS/Confins, segundo Schwartsman, entraria em conflito com a reforma tributária. Restaria como alternativa, disse, a tributação de dividendos.

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