Economia

Petrobras (PETR4): Gasolina e gás de cozinha ficam mais caros a partir desta terça-feira (9); confira

09 jul 2024, 7:15 - atualizado em 08 jul 2024, 15:35
Combustíveis gasolina gás
Em relação ao Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a projeção é de que a alta na gasolina tenha um impacto de 0,17 ponto percentual. (Imagem: Pixabay)

O litro da gasolina fica mais caro nas distribuidoras da (PETR3PETR4) a partir desta terça-feira (9). A estatal anunciou o reajuste ontem.

Segundo a empresa, o litro da gasolina aumentará R$ 0,20, a R$ 3,01 — um reajuste de 7,11%. Também passa por um aumento de preço o botijão do gás de cozinha de 13kg, que subirá R$ 3,10, passando a R$ 34,70 — alta de 9,6%.

É a primeira vez neste ano que a estatal eleva os preços para a gasolina e o gás de cozinha, enquanto o mercado apontava uma defasagem dos preços. Esse é também o primeiro ajuste feito durante a gestão da presidente da empresa, Magda Chambriard.

O último ajuste da gasolina ocorreu em 21 de outubro de 2023, uma redução, e o último aumento foi em 16 de agosto de 2023. Quanto ao gás de cozinha, os últimos ajustes ocorreram em 17 de março de 2023 e 1º de julho do mesmo ano, duas reduções. E o último aumento ocorreu em 11 de março de 2022.

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Alta na gasolina pressiona a inflação

Essa alta nos combustíveis não deve passar despercebida pelo bolso dos consumidores. Conforme as estimativas de Étore Sanchez, economista-chefe da Ativa Investimentos, o consumidor final sentira uma alta de 3,4% e 3,1%, respectivamente.

“Estimamos que a elevação chegará aos consumidores na segunda quinzena de julho, com primeiro impacto no IPCA fechado desse mesmo mês”, aponta em comentário para a imprensa.

Em relação ao Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a projeção é de que a alta na gasolina tenha um impacto de 0,17 ponto percentual, enquanto a do gás de cozinha seja de 0,04 pp.

“Por não contemplarmos nenhuma espécie de reajuste em nossas projeções do IPCA deste ano, a perspectiva de 2024 subiu de 4,0% para 4,2%”, afirma Sanchez.

Segundo a Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom), antes do reajuste, havia a necessidade de elevação no preço da gasolina em 18%. Isso significa que, após o reajuste, ainda faltaria cerca de 10% para zerar a defasagem deste combustível. Nas contas da Ativa, caso a Petrobras venha a zerar a defasagem da gasolina, o impacto na inflação será de +0,25 pp.