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Petrobras (PETR4) ganha R$ 56,9 bilhões em valor de mercado na semana; no ano, ação salta quase 100%

21 out 2022, 18:56 - atualizado em 21 out 2022, 18:56
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Petrobras só perde para a Cielo no Ibovespa em 2022 (Imagem: Diana Cheng/Money Times)

As ações da Petrobras (PETR3;PETR4) apresentam uma das melhores performances do Ibovespa em 2022. Os papéis ordinários da petroleira saltam 95,19% no ano, enquanto os preferenciais acumulam uma valorização de 97,45%.

A performance da estatal na Bolsa só perde para a da Cielo (CIEL3), que lidera os ganhos do índice com uma forte alta de 160%.

Nesta sexta-feira (21), a Petrobras foi um dos destaques positivos após suas ações avançarem 3,41% (ordinárias) e 3,43% (preferenciais), atingindo valor de mercado de R$ 520,6 bilhões, com o petróleo e as eleições servindo de combustível para a trajetória altista.

Na semana, PETR4 subiu 12,87%, ganhando R$ 56,9 bilhões em valor de mercado, segundo levantamento realizado por Einar Rivero, do TradeMap, a pedido do Money Times. Os dados consideram o fechamento de hoje e o fechamento de sexta passada.

Preços ainda elevados

Os preços do petróleo têm sido um grande gatilho para a Petrobras neste ano. A commodity, que chegou a bater os US$ 130 o barril, perdeu um pouco da força mostrada no início da guerra entre Rússia e Ucrânia, mas, mesmo com a recente correção nos mercados internacionais, analistas chamam atenção para os níveis ainda elevados.

A Ativa Investimentos, em relatório de prévia das petroleiras, destaca que, apesar da queda nos preços do barril do petróleo no terceiro trimestre, a demanda pela commodity não parece ter sofrido grandes alterações.

Segundo a corretora, com o preço médio do barril do Brent na casa dos US$ 90, as companhias do setor devem registrar uma robusta geração de caixa operacional nesta temporada de resultados.

A Ativa aposta que os preços do petróleo vão se manter ao longo dos próximos meses, até porque a oferta global pode sofrer uma compressão ainda maior por conta das sanções do Ocidente às exportações russas.

Para completar, a Opep e seus aliados, que formam a Opep+, anunciaram um corte de 2 milhões de barris a partir de novembro.

A ação da Opep visa estabelecer um piso para o preço do petróleo, próximo dos US$ 80 o barril, como forma de blindar os mercados das pressões baixistas geradas pela desaceleração econômica global.

Pelos mesmos pontos levantados pela Ativa, a analista-chefe do Inter Research, Gabriela Joubert, acredita que a exceção positiva desta temporada de resultados entre as commodities deve ser o setor de óleo e gás.

De acordo com Joubert, o setor de óleo e gás apresentará mais um trimestre forte com o apoio de preços de petróleo ainda fortes.

“Existe um consenso implícito no mercado de que o petróleo deve ficar entre US$ 90 e US$ 100″, comenta a analista.

Eleições acirradas

As ações da Petrobras receberam um empurrãozinho até das eleições, que costumam pressionar papéis de estatais.

Um gráfico elaborado pela Guide Investimentos mostra que, em momentos de eleição, as estatais costumam cair. Isso aconteceu, por exemplo, na corrida presidencial de 2014.

Vale lembrar que em 2014, Dilma Rousseff provocava mais temores ao mercado, com suas intervenções na Petrobras.

Este ano, no entanto, está sendo uma exceção para essas empresas. Não só a Petrobras avança forte em 2022, como o Banco do Brasil (BBAS3) acumula alta de 67,2%.

As pesquisas de intenções de voto no segundo turno mostram avanço do atual presidente Jair Bolsonaro (PL) e indicam uma disputa mais acirrada do que originalmente previsto.

O último levantamento do Datafolha mostra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ainda na frente, com 49% das intenções de voto. Bolsonaro, por sua vez, está com 45%.

A margem de erro da pesquisa é de 2 pontos percentuais. Com isso, a diferença entre os candidatos está no limite da margem de erro.

O resultado do Datafolha está em linha com outras pesquisas, que vêm mostrando diminuição gradual da distância entre os dois candidatos.

Órama projeta que as ações de estatais devem ganhar em um eventual segundo mandato de Bolsonaro.

De acordo com o analista Phil Soares, desde a Lava Jato e o governo Temer, a governança corporativa das estatais vem sendo reforçada, e isso é facilmente observável nos números.

“Tivemos neste período melhoras nos números da maioria das estatais, que vêm sendo melhor geridas e resultando em lucros cada vez maiores para os acionistas”, afirma o especialista.

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Editora-assistente
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
diana.cheng@moneytimes.com.br
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Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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