Petrobras (PETR4) está engatilhada para 2024, segundo BBA; mas e o ‘elefante na sala’?
As empresas petroleiras ainda vão ter o que comemorar em 2024, visto que o ambiente favorável para os preços de petróleo e o ramp-up de produção devem beneficiar os nomes do setor – em especial, Petrobras (PETR4) e Prio (PRIO3), segundo o Itaú BBA.
Na avaliação do banco, a combinação desses dois fatores deve levar a uma sólida geração de fluxo de caixa, o que pode ser convertido aos acionistas ou reinvestido nos negócios das companhias.
“Esse cenário também deve ajudar outras empresas independentes de petróleo a se desenvolverem, consolidar os portfólios e gerar resultados positivos conforme eles buscam eficiência de custo”, comentam Monique Greco, Bruna Amorim e Eric Mello, do time de análise do BBA, em relatório divulgado nesta semana.
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Petrobras e o “elefante na sala”
A Petrobras é uma das principais ações do setor de óleo e gás para 2024, de acordo com os analistas do banco. Top pick junto com a Prio, a companhia estatal tem conseguido entregar uma sólida performance operacional, além de uma forte geração de caixa.
“Nossa visão sobre a tese de investimento da Petrobras se tornou mais favorável ao longo deste ano, uma vez que uma série de riscos não se materializou”, afirma o BBA.
Ainda assim, a instituição segue com posicionamento neutro em relação às ações, citando o “elefante na sala”: os dividendos.
Os analistas querem ganhar mais confiança com o potencial de dividendos extraordinários da petroleira, uma vez que os riscos em relação ao pagamento aumentaram diante da perspectiva de uma criação de reserva de remuneração de capital.
O BBA quer saber se os dividendos extraordinários não vão cair abaixo das expectativas do mercado. O cenário-base do banco estima um dividend yield de 15% para 2023, considerando apenas dividendos ordinários.
Sobre a Prio, o BBA defende que a companhia oferece uma combinação de:
- opex (despesas) “consistente” e ganhos com eficiência de capex (investimentos);
- perspectivas de crescimento orgânico sólido e capacidade financeira; e
- uma intenção estratégica de buscar oportunidades de crescimento inorgânico.
“Considerando a geração de caixa promissora para 2024 (19% de yield de fluxo de caixa livre), a companhia pode gerar retornos sólidos para investidores no momento em que não há alvos de M&A (fusões e aquisições) bons identificados”, completa a equipe de análise.
Terceira top pick
O BBA tem uma terceira e última ação top pick ligada ao petróleo. Trata-se da Vibra Energia (VBBR3), distribuidora de combustíveis que deve se beneficiar de uma fase positiva para o segmento no geral.
A preferência por Vibra pode ser explicada pelo valuation, com os analistas vendo a ação negociando a 8 vezes P/L (preço sobre lucro) para o próximo ano.
Além disso, o BBA vê a Comerc finalmente começando a mostrar resultados, uma perspectiva que ainda não parece ter sido precificada pelo mercado.