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Petrobras (PETR4) esclarece potencial recompra de refinaria de Mataripe; confira

07 ago 2024, 8:43 - atualizado em 07 ago 2024, 8:45
Petrobras
Petrobras afirma que ainda não há conclusão sobre possível compra da Refinaria de Mataripe (Imagem: REUTERS/Sergio Moraes)

A Petrobras (PETR4) esclareceu que a due diligence — processo de investigação e análise de informações de uma determinada empresa —, iniciada em março deste ano, da Refinaria de Mataripe (RefMat) está em fase de conclusão.

A refinaria, com capacidade para refinar 333 mil barris/dia, foi vendida pela petrolífera em 2021, na gestão do então presidente Jair Bolsonaro, por US$ 1,65 bilhão em um processo de enxugamento dos ativos e saída da petroleira do refino, visto como menos lucrativo.

Em comunicado enviado ao mercado na noite de terça-feira (06), a estatal esclareceu informações veiculadas na mídia, em resposta à Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Segundo a companhia, ainda não foi feita oferta, nem celebrado documento vinculante sobre eventual parceria e não há qualquer decisão das instâncias competentes sobre eventual aquisição de participação na refinaria.

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O comunicado ainda diz que a decisão será submetida à aprovação dos órgãos competentes, caso as avaliações internas apontem para uma oferta de aquisição.

“A companhia também reitera que eventuais decisões de investimentos deverão, dentro da governança estabelecida na Petrobras, passar pelos processos de planejamento e aprovação previstos nas sistemáticas aplicáveis, tendo sua viabilidade técnica e econômica demonstrada e em linha com seu Plano Estratégico 2024-2028”.

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Possível compra de refinaria pode impactar dividendos

Em relatório publicado no mês passado, o Goldman Sachs lembrou que a Petrobras já havia sinalizado em sua última teleconferência de resultados que esperava concluir os estudos sobre um potencial retorno à Mataripe até o final do primeiro semestre.

Em março, a estatal deu início as discussões de parceria para a aquisição de fatia na refinaria e um projeto em desenvolvimento de uma biorrefinaria integrada.

“Por outro lado, com base nas nossas recentes conversas com investidores, a compra poderia reavivar preocupações com uma potencial intervenção governamental renovada na empresa, uma vez que o atual Governo Federal criticou as vendas anteriores de ativos da Petrobras”, recorda.

O Goldman diz ainda que por mais que o atual plano estratégico da companhia incorpore investimentos adicionais de até US$ 11 bilhões para potenciais fusões e aquisições (e outros investimentos) no ciclo 2024-28, a compra poderia limitar a extensão dos dividendos extraordinários nesse período.

*Com Renan Dantas