Petrobras (PETR4): Entenda os fatores por trás do movimento das ações nesta sexta (28)
As ações da Petrobras (PETR4) operavam em alta de 1,8% nesta sexta-feira (28), por volta das 11h20, em linha com o avanço do petróleo, de 1,1%, a US$ 79,08. No mesmo horário, o Ibovespa subia 0,64%.
No exterior, os ADRs da petroleira (PBR) tinham alta de 1,2%, a US$ 10,72 em Nova York. No pré-mercado, os papéis chegaram a desabar 7,8%, em um pregão negativo para os futuros..
O movimento dos investidores da companhia acontece na esteira de uma série de notícias envolvendo a estatal brasileira nos últimos dias. Na véspera, a Petrobras informou ao mercado o encerramento de sua assembleia anual de acionistas.
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Na reunião, o conselho aprovou o pagamento de dividendos relativos ao Exercício Social de 2022, no valor de R$ 17,06202044 por ação (ordinária ou preferencial) em circulação.
As ações da companhia passam a ser negociadas como ex-direitos na B3 e na NYSE a partir desta sexta-feira (28).
Outro destaque é a discussão em torno da retenção de parte dos dividendos. O conselho da empresa havia sugerido que os acionistas avaliassem a criação de uma Reserva Estatutária para reter até R$ 6,5 bilhões do resultado do exercício social de 2022.
Contudo, não houve uma convocação necessária de assembleia geral extraordinária para a criação da Reserva Estatutária sugerida.
Além disso, a assembleia elegeu oito membros do conselho de administração, dois indicados pelos acionistas minoritários e seis indicados pelo acionista controlador.
Pietro Mendes foi eleito o novo presidente do conselho da empresa. O secretário de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis do governo federal, foi eleito apesar de um potencial conflito de interesse, por ser integrante do Ministério de Minas e Energia.
Na agenda do presidente Lula desta sexta, ainda, há uma reunião com o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, marcada para às 14h30.
O que esperar da estatal?
O BTG Pactual mantém uma visão cautelosa para a Petrobras, pois acredita que as novas tendências estruturais apontam para maior capex, maiores despesas e, portanto, menor distribuição de dividendos.
O Itaú BBA avalia que as discussões sobre políticas de dividendos e precificação devem esquentar a partir de agora.
“Acreditamos que é mais provável que a empresa opte por suspender a atual política de dividendos e seguir a política estatutária”, pontuam os analistas do BBA.
*Com informações de agência Reuters e Estado