Petrobras (PETR4) e PRIO (PRIO3): Preços menores do petróleo comprometem 3T22 das empresas?
A Ativa Investimentos está na expectativa de ver bons resultados da Petrobras (PETR4) e da PRIO (PRIO3) no terceiro trimestre do ano.
A corretora destaque que, apesar da queda nos preços do barril do petróleo no período ante o trimestre anterior, a demanda pelo combustível não parece ter sofrido grandes alterações.
Ainda assim, o preço médio do barril, de US$ 90, deve ser suficiente para as companhias registrarem “uma robusta geração de caixa operacional”, destaca.
“Seguimos dispondo de uma visão otimista para os preços internacionais de petróleo ao longo dos próximos meses”, comenta o analista Ilan Arbetman, em relatório divulgado nesta quarta-feira (19).
“Tal expectativa se baseia sobretudo com relação à oferta global, que, já ajustada, pode se ver diante de uma compressão ainda maior nos próximos meses em função da execução de sanções do Ocidente às exportações russas”, completa.
Petrobras
No caso da estatal, a Ativa acredita que, mesmo com as sucessivas quedas nos preços de derivados, os elevados níveis de utilização do parque de refino devem ser suficientes para que a companhia garanta margens entre 12-15% em Refino.
Em Exploração e Produção, a corretora projeta margem Ebitda próxima de 70%, com a petroleira fazendo os resultados do segmento a sua principal fonte de rentabilidade.
“Neste sentido, a queda do petróleo ocorrida neste terceiro trimestre pode tirar um pouco da força observada no segundo trimestre de 2022, mas a atual disposição de seu portfólio, que dispõe mais 70% de seu óleo produzido no pré-sal, deve conferir a eficiência necessária para que a companhia siga reportando números sólidos”, avalia Arbetman.
O analista vê chances de mais uma forte distribuição trimestral de dividendos.
PRIO
Para a PRIO, a Ativa acredita que o volume de vendas e a manutenção dos preços médios do petróleo perto de US$ 90 proporcionarão à companhia resultados robustos, dando sequência ao que foi visto no segundo trimestre.
Além disso, os dados operacionais de setembro mostraram um avanço na produção média trimestral, totalizando 45,7 mil barris de óleo por dia.
A Ativa tem recomendação de compra para Petrobras e PRIO, vendo na primeira uma trajetória mais assimétrica por conta do viés político.
Quanto à PRIO, a Ativa acredita que a ações não incorporam adições oriundas de Albacora Leste e Wahoo.
“Seguimos vendo PetroRio negociando abaixo de 2,5 vezes EV/Ebitda (valor da empresa sobre Ebitda) e, assim, acreditando que tal precificação oferece uma das maiores distorções que podem ser capturadas pelos investidores em nossa Bolsa”, diz.
Para o analista da corretora, a PRIO é indicada para quem quer seguir com exposição a um case puro de exploração e produção de petróleo.
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