Petrobras (PETR4) e BB (BBAS3) têm pouco espaço para subir e muito para cair, diz analista
Petrobras (PETR4) e Banco do Brasil (BBAS3) figuram entre as maiores altas do Ibovespa em 2022.
Enquanto a petroleira disparou mais de 60%, o banco subiu 49%. Os fatores para as altas das duas estatais se assemelham: resultados fortes e dividendos.
Porém, o ano eleitoral está aí, com dois nomes de peso (Lula e Jair Bolsonaro) liderando as pesquisas.
Qual a probabilidade dessas ações caírem forte com o resultado?
Um gráfico elaborado pela Guide Investimentos corrobora com a tese de que, em momentos de eleição, as estatais costumam cair. Isso aconteceu, por exemplo, na corrida presidencial de 2014. Veja:
Vale lembrar que em 2014, Dilma Rousseff provocava mais temores ao mercado, com suas intervenções na Petrobras.
Para a corretora, a forte performance das ações estatais nos últimos meses indica pouco espaço para alta em caso de um cenário positivo pós-eleições – e bastante espaço para quedas em caso negativo.
“Acreditamos que há muitas diferenças entre estas empresas hoje e em 2014 (atualmente as estatais estão apresentando lucros recordes, enquanto em 2014 apresentavam prejuízos recordes), mas a relação risco-retorno parece ruim neste momento dada a proximidade das eleições e diversas declarações de alguns candidatos no sentido de rever a atuação das empresas estatais”, afirma.
Na visão da Guide, faz mais sentido esperar o momento melhorar para aumentar posições em empresas estatais.
“Já antecipando este risco, deixamos Banco do Brasil de fora de nossa Carteira Valor em setembro, apesar de ver o banco estatal como tendo os melhores resultados e valuation ainda descontado”, coloca.
Recentemente, o ex-presidente Lula, por exemplo, afirmou que o BB lucra como “banco privado”. Além disso, o candidato prometeu mudar a política de preços da Petrobras.
Para Bruno Komura, analista da Ouro Preto Investimentos, o mercado já começa a virar a cara para o Banco do Brasil.
“Quando falamos de estatais, sim, as eleições são uma preocupação muito grande. Nós já estamos notando que a alocação em estatais está diminuindo”, observa.
Komura diz que muitos investidores estão ficando “mais leves” em relação ao posicionamento nessas companhias, e esse movimento deve se intensificar à medida que o pleito, marcado para o mês que vem, se aproxima.
“Inclusive, temos muitas casas e gestores falando que estão tirando o pé porque é melhor ficar de fora das estatais, principalmente Banco do Brasil e Petrobras, por mais que as empresas estejam muito baratas”, afirma.
Em sua visão, não é recomendável se posicionar nessas ações agora, apesar do valuation atrativo.
“Nós preferimos perder o movimento, para ter mais clareza do cenário político. Essa tem sido também a visão do mercado”, completa.
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