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Petrobras (PETR4) é acusada de assédio eleitoral pelos funcionários

21 out 2022, 9:07 - atualizado em 21 out 2022, 10:22
Petrobras
Durante o primeiro turno, a Petrobras também foi denunciada por tentar impedir que os trabalhadores de unidades operacionais atuassem como mesários. (Imagem: Bloomberg)

Sindicatos dos petroleiros ligados à Federação Única dos Petroleiros (FUP) afirmam que estão recebendo denúncias de funcionários da Petrobras (PETR3; PETR4) sobre discriminação eleitoral no ambiente de trabalho.

Segundo a FUP, trabalhadores com adesivos do candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e de partidos de oposição ao governo estão sendo impedidos de entrar com o carro na garagem das unidades da empresa.

Os portadores de bandeiras do Brasil, por outro lado, não estariam sofrendo constrangimento para acesso de seus veículos – a bandeira e cores verde e amarela costumam estar associadas ao presidente Jair Bolsonaro (PL).

“Proibir a entrada de automóveis com adesivos de somente um candidato trata-se de característico caso de odioso assédio eleitoral, em benefício de outra candidatura”, afirma Deyvid Bacelar, coordenador-geral da FUP.

Durante o primeiro turno, a estatal também foi denunciada por tentar impedir que os trabalhadores de unidades operacionais atuassem como mesários.

Procurada pelo Money Times, a Petrobras afirma que “é de amplo conhecimento de todos os empregados da Petrobras a vedação expressa no Código de Conduta Ética da companhia de que colaboradores não podem promover ou participar de atividades ou propaganda político partidária nas dependências da empresa ou em seus canais de comunicação”.

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Assédio eleitoral

As denúncias de assédio eleitoral feitas ao Ministério Público do Trabalho (MPT) mais que dobraram após o primeiro turno das eleições, passando de 52 para 364 casos, de acordo com o levantamento do órgão.

Mesmo com o segundo turno para acontecer, marcado para o dia 30 de outubro, o número de relatos já é maior que o registrado em toda a campanha eleitoral de 2018.

Nas últimas eleições, há quatro anos, houve 212 denúncias de assédio eleitoral envolvendo 98 empresas. Agora, em 2022, já são 847 denúncias registradas e que envolvem 701 empresas, segundo tabela do MPT.

O MPT, o Ministério Público Federal (MPF) e a Central Única dos Trabalhadores (CUT) criaram canais online para denúncias. Basta enviar uma descrição do ocorrido e, se tiver, anexar provas que possui como documentos, mensagens, áudios, imagens, vídeos.

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