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Petrobras (PETR4): Dividendos vão secar em eventual vitória de Lula? Alguns gringos acham que sim

28 set 2022, 16:52 - atualizado em 28 set 2022, 17:04
Petrobras: Alguns investidores estrangeiros estão preocupados com possíveis guinadas da companhia com a troca do comando (Imagem: Ricardo Stuckert/PR)

Com as eleições presidenciais cada vez mais próximas, os investidores, sejam eles gringos ou locais, começam a vislumbrar o que seria a Petrobras (PETR3;PETR4) em um eventual governo Lula.

De acordo com a consultoria Eurasia, o ex-presidente possui 70% de chance de levar a eleição.

Até o momento, Lula tem criticado a política de preços da companhia, afirmando que é preciso “abrasileirar” os preços. Além disso, uma das propostas do petista é fazer com que a petroleira volte a investir em construção de refinarias.

Matéria da Bloomberg publicada na última terça-feira ouviu investidores internacionais sobre o impacto de uma gestão Lula para a Petrobras.

“A empresa está produzindo dividendos e os preços das ações já estão baratos em comparação com outras grandes petrolíferas, mas o fluxo de caixa também pode secar e a alavancagem pode aumentar se Lula vencer e cumprir suas promessas”, diz trecho da matéria.

A reportagem cita ainda uma fala do Senador Jean Paul Prates (PT) que observa que “a Petrobras se transformou em uma enorme vaca leiteira e isso não vai durar”.

Uma outra matéria, do Financial Times, afirma que a última vez que a esquerda esteve no poder no Brasil, a empresa mais importante do país foi saqueada num esquema de corrupção multibilionário e quase enterrada sob uma montanha de dívidas.

“Após emergir do escândalo e da turbulência financeira da década anterior, a Petrobras está mais enxuta, mais lucrativa —e um caixa eletrônico para os seus acionistas”, completa.

Petrobras pode diminuir dividendos?

Para a Genial, em relatório recente, a Petrobras continuará pagando bons dividendos no próximo ano.

A corretora estima R$ 5,2 bilhões em dividendos em 2023 e R$ 6 bilhões em proventos extraordinários, com rendimento em 16,6% para os dividendos regulares.

No entanto, no ano seguinte os dividendos devem desacelerar a R$ 4,6 bilhões, enquanto os pagamentos extraordinários chegariam a R$ 1,2 bilhão, segundo a Genial.

A corretora pontua que a alta produtividade dos campos do pré-sal, expectativa de crescimento da produção em 2022 e curva de preços do petróleo (US$ 98 23E – 75 29E) devem assegurar um fluxo de caixa “saudável”.

Apesar disso, Victor Benndorf, da casa de análise que leva seu nome, alerta para a possível diminuição dos dividendos, a depender da política de Lula.

“É possível. Ele (Lula) tem abertamente defendido a revisão da paridade internacional dos preços”, lembra.

O analista coloca ainda que um Bolsonaro enfraquecido politicamente não conseguiu mudar a política, mas talvez um Lula fortalecido por um novo governo consiga.

Com Kaype Abreu

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