Petrobras (PETR4): Dividendos extraordinários podem subir no telhado, vê Itaú
O Itaú BBA revisou o preço-alvo da Petrobras (PETR4) para R$ 38, antes em R$ 34, até 2024, mas manteve a recomendação de neutralidade para o papel.
No documento assinado por Monique Greco, Érico de Mello e Bruna Amorim, os analistas admitem que os riscos da empresa diminuíram.
“Os anúncios das novas políticas de preços e de remuneração acionista afastaram os piores cenários
que nos preocupavam (e ao mercado) desde o ano passado, suportando a percepção de um de-risking da história e impulsionando um ganho em ações de 46% no acumulado do ano”, discorrem.
Contudo, o trio não vê clareza no pagamento de dividendos extraordinários, que classifica como “componente crucial da história do investimento”.
Eles dizem ainda que as expectativas de um pagamento extraordinário significativo de dividendos é um fator decisivo na preferência dos investidores pela Petrobras (tanto entre investidores locais como internacionais).
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“A intenção declarada da empresa de expandir os investimentos em energias renováveis poderá desencadear uma retenção de caixa no final do ano para ajudar a enfrentar estes desafios futuros, levando a uma expansão das reservas de lucros da empresa e limitando qualquer potencial dividendo extraordinário este ano”, discorrem.
Ademais, o pagamento de R$ 6,5 bilhões de impostos relativos aos lucros de 2013 e 2014, aprovado pelo Carf, órgão ligado ao Ministério da Fazenda, na última sexta, podem respingar nos dividendos da estatal, vê o Itaú.
“É justo notar, no entanto, que acreditamos que é pouco provável que um potencial acordo tenha um impacto material no geração de caixa livre da empresa no curto prazo”, observam.
Por fim, os analistas esclarecem que vão permanecer neutros no papel até “estarmos confiantes de que um potencial dividendo extraordinário não ficará aquém das expectativas do mercado — o que poderá ficar mais claro com a divulgação do Plano Estratégico 2024-28 no final de novembro”.
Por volta das 15h, o papel da Petrobras disparava 4,42% em meio à alta do petróleo devido à guerra em Israel.