Petrobras (PETR4): Dividendos extraordinários entram no radar
Após a Petrobras (PETR4) anunciar a nova política de dividendos, analistas falam na possibilidade de uma rodada extraordinária de pagamentos. As ações da estatal chegaram a subir 5% nesta segunda-feira (31).
O BTG Pactual disse que “muitos investidores” questionaram a equipe de analistas do banco sobre os pagamentos extraordinários referentes aos resultados deste ano – que seriam anunciados no primeiro trimestre de 2024.
Isso porque, segundo o banco, em relatório assinado por Pedro Soares e Thiago Duarte, as reservas de lucros da estatal estão se aproximando do máximo permitido por lei.
“Embora essa seja uma possibilidade real, a ação levará mais tempo para ser precificada nesse cenário, principalmente porque o acionista controlador poderia evitar essa distribuição pontual criando uma reserva estatutária, a ser aprovada em assembleia de acionistas”, disse o BTG antes da abertura do mercado.
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Para o Bradesco BBI, no entanto, será difícil justificar a criação de uma reserva estatutária, “a menos que o plano de capex da Petrobras aumente de forma inimaginável ou as finanças da empresa se deteriorem fortemente com uma quebra nos preços do petróleo”.
Os analistas da instituição lembram que o plano estratégico da empresa é autofinanciado. “No passado, a Petrobras já pagava menos de 92% de seu faturamento, mas foi em um momento em que a empresa estava altamente alavancada e seu plano não era autofinanciado”.
O Bradesco BBI pontuou que existem apenas três reservas que a Petrobras tem que constituir legalmente: 5% do seu resultado final, 0,5% do capital integralizado e reserva de incentivos fiscais.
Juntas, essas reservas normalmente não ultrapassam 8% do resultado final da empresa, afirmou. No ano passado, o montante totalizou R$ 12 bilhões, de um lucro líquido de R$ 188 milhões, de acordo com o Bradesco BBI.