Petrobras (PETR4): Espaço para otimismo? O diagnóstico da XP sobre o futuro dos dividendos
Em um momento em que o mercado espera pela nova política de dividendos da Petrobras (PETR4), a XP Investimentos emitiu relatório assumindo uma distribuição de 40% do fluxo de caixa operacional (FCO) menos Capex, frente a 60% da política vigente.
O diagnóstico, disse a corretora em documento assinado por Andre Vidal e Helena Kelm, tem como base práticas de pares internacionais e na avaliação de que a empresa acumularia muito caixa se desembolsasse valores menores.
Os analistas disseram que já assumem níveis baixos de dívida bruta, de cerca de US$ 50 bilhões. “Resta saber como será a nova política de fato. Por exemplo, vemos boas chances de que a nova política acabe sendo mais flexível e discricionária do que a atual”, comentaram.
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O momento da Petrobras
Para a XP, a Petrobras ainda gera níveis saudáveis de caixa, porém inferiores aos recordes de 2022.
A corretora destacou o menor patamar de preço do petróleo, menor patamar do crack spread (diferença entre o preço dos derivados e do petróleo), menor entrada de caixa de desinvestimento de ativos e alguma aceleração do Capex (já previsto no plano estratégico anterior da empresa).
“Por consequência, também enxergamos um menor pagamento de dividendos para os períodos futuros frente aos recordes de 2022”, diz trecho do relatório.
O que diz a estatal
A diretoria da Petrobras afirmou nesta quarta-feira (19), em conversa com jornalistas, que os dividendos do segundo trimestre serão calculados com base em uma nova regra.
Segundo diretor financeiro, Sergio Caetano Leite, os estudos que vão basear as novas regras devem ser concluídos até o fim do mês.
“Houve mudança de gestão e direcionamento, empresa estava preparada para ser vendida. Já que a decisão era vender, era interessante pagar muito dividendo…. se mostrar rentável e atrativa para que alguém viesse para fazer proposta”, disse o diretor financeiro da estatal.
Em entrevista à Reuters nesta semana, Jean Paul Prates, CEO da empresa, disse que as próximas distribuições da companhia deverão ser “mais ajustadas” a uma realidade em que a Petrobras “projeta e investe para o futuro”.
*Com informações da Reuters