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Petrobras (PETR4) destitui diretor financeiro e nomeia Clarice Coppetti presidente interina, após saída de Prates

15 maio 2024, 13:55 - atualizado em 15 maio 2024, 14:08
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Petrobras destitui diretor financeiro e nomeia Clarice Coppetti presidente interina (Imagem: Agência Petrobras)

A Petrobras (PETR3PETR4) aprovou, em reunião do conselho de administração realizada nesta quarta-feira (15), a saída de Jean Paul Prates do cargo de presidente da estatal, segundo fato relevante. O encerramento antecipado do mandato, “de forma negociada”, tem efeitos a partir de hoje.

“Com o encerramento de seu mandato como Presidente da Companhia, o Sr. Jean Paul apresentou sua renúncia ao cargo de membro do Conselho de Administração da Petrobras”, afirma a companhia.

O conselho nomeou como presidente interina a diretora executiva de assuntos corporativos, Clarice Coppetti, até a eleição e posse da nova CEO.

Além disso, Sergio Caetano Leite foi destituído do cargo de diretor financeiro (CFO) e de relacionamento com investidores (DRI). O atual gerente executivo de finanças, Carlos Alberto Rechelo Neto, foi designado para a posição, de forma temporária.

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Quem vai assumir o cargo de presidente da Petrobras?

A Petrobras confirmou a indicação de Magda Chambriard para o cargo. A nomeação será submetida aos procedimentos internos de governança corporativa, incluindo as respectivas análises de conformidade e integridade necessárias ao processo sucessório.

Segundo o analista Ruy Hungria, da Empiricus Research, a reação negativa do mercado ao anúncio é explicada pelo fato de que a potencial nova CEO parece mais alinhada aos anseios políticos expansionistas do governo.

Isso pode resultar em uma guinada na política de investimentos e dividendos, explica o analista.

“A depender da mudança na política de investimentos e da criatividade da nova gestão em encontrar ‘oportunidades’ de usar o caixa gerado em E&P em segmentos de retornos baixos, podemos ver essa distribuição cair bastante, a ponto de não compensar mais os riscos políticos envolvidos”, avalia.

“Por desconhecer a nova política de investimentos e dividendos da nova gestão, por enquanto não vemos a reação negativa como oportunidade de compra”, reitera Hungria.

Veja o comunicado da Petrobras