Petrobras (PETR4) derrota Jean Paul Prates, seu possível novo CEO, em ação na Justiça
Cotado para comandar a Petrobras (PETR4) no governo do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva, o senador Jean Paul Prates (PT-RJ) sofreu uma derrota na Justiça em ação movida contra… a própria estatal.
Prates é coautor, ao lado de Mario Alberto Dal Zot, presidente da Associação Nacional dos Petroleiros Acionistas Minoritários (Anapetro), de uma ação que pretendia suspender a nomeação do atual CEO da petrolífera, Caio Paes de Andrade.
Mas, segundo comunicado da companhia divulgado no fim da noite desta sexta-feira (2), a 11ª Vara Federal do Rio de Janeiro negou a concessão da liminar pedida pela dupla para retirar Paes de Andrade do comando da Petrobras e de seu conselho de administração.
Problemas no currículo de Paes de Andrade
A ação foi apresentada em 28 de junho, um dia após Paes de Andrade ser eleito para os cargos. Sua nomeação foi cercada de polêmicas, já que seu currículo não atenderia os requisitos mínimos
Apesar da indicação direta do governo, houve dúvidas de Andrade poderia assumir o cargo. Pelas regras, o presidente da Petrobras precisa já ter atuado em alguma empresa do setor, mesmo que privada. Além disso, é necessário ter uma pós-graduação concluída.
Acontece que Andrade é formado em Comunicação Social pela Universidade Paulista e não teria concluído as pós-graduações em administração nas instituições americanas Harvard University e Duke University – não foi apresentada a documentação necessária. Ele também atuou em empresas de tecnologia da informação, até migrar para a administração pública em 2019.
O nome de Andrade precisou, primeiro, passar pelo Comitê de Elegibilidade da Petrobras (Celeg), que é responsável por analisar informações e requisitos dos indicados pelo governo para exercer cargos na estatal.
Que é Jean Paul Prates, possível novo CEO da Petrobras
Cotado para o cargo de presidente da Petrobras (PETR4) em 2023, Jean Paul Terra Prates (PT) é senador pelo Rio Grande do Norte. O nome do parlamentar surge em um momento de forte desvalorização dos papéis da companhia em meio a expectativa com o novo governo, após a eleição de Lula (PT).
Prates exerce a função no Senado desde 2019, como suplente em exercício da titular da chapa, Fátima Bezerra. Ele também constitui o Bloco Parlamentar da Resistência Democrática do Senado, é titular da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) da Casa e da Comissão de Serviços de Infraestrutura (CI).
Veja o comunicado da Petrobras sobre a decisão da Justiça.