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Petrobras (PETR4): Decisão de reduzir dividendos pode ser repentina, diz BTG

02 jan 2023, 9:03 - atualizado em 02 jan 2023, 9:03
Jean Paul Prates
Mandato de Paes de Andrade termina em abril de 2023, o que pode impedir que Prates assuma o comando em breve.(Imagem: Roque de SÃ/Agência Senado)

Qualquer decisão da Petrobras (PETR4) de reduzir a porcentagem do lucro líquido paga em dividendos pode ser repentina, o que provocaria uma rápida deterioração na percepção de risco, disse o BTG Pactual nesta segunda-feira (2).

“O simples fato de haver esforços para mudar o Plano Estratégico da empresa deve ser suficiente para aumentar a volatilidade das ações”, disseram os analistas Pedro Soares e Thiago Duarte, que assinam o relatório do banco. Eles falaram em “cautela” com as ações.

Relatório da equipe de transição energética do novo governo pede a revisão do Plano Estratégico da Petrobras em até 60 dias após a posse. O texto fala em mais recursos para o segmento de refino.

Troca na Petrobras

O BTG disse estar “cético” quanto a uma revisão nesse prazo, considerando a “falta de visibilidade” sobre a possível renúncia do atual presidente da empresa, Caio Paes de Andrade.

O mandato de Paes de Andrade termina em abril de 2023, o que pode impedir que o indicado pelo governo Lula, o senador Jean Prates, assuma o comando em breve.

“Como o atual CEO já anunciou planos de trabalhar para o governo do estado de São Paulo, é razoável supor que ele deixará o cargo mais cedo”, comentou o BTG. “Se ele renunciar, o governo Lula seria capaz de nomear mais rapidamente um novo presidente da Petrobras”.

O futuro CEO da estatal disse que será revista a política de preços de combustíveis – que foi o que garantiu o vultuoso pagamento de dividendos nos últimos anos.

“O ruído na Petrobras está alto desde a eleição e provavelmente levará um tempo para diminuir”, disseram os analistas.

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