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Petrobras (PETR4): Conflito Israel x Irã promete pressão ainda maior na estatal; entenda

15 abr 2024, 16:55 - atualizado em 15 abr 2024, 16:55
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Para o CBIE, qualquer evento geopolítico que eleve a percepção de risco e faça pressão no preço do petróleo, aperta também a Petrobras(Imagem: REUTERS/Paulo Whitaker)

O avanço das tensões entre Israel e Irã promete ser mais um fator de pressão para a Petrobras (PETR4), que já segue no foco dos noticiários no Brasil, em meio às incertezas sobre o futuro de Jean Paul Prates e o pagamento ou não de dividendos extraordinários.

Esse maior aperto para a estatal se dá por conta das projeções que apontam para uma alta do petróleo no mercado internacional, que por sua vez pressionariam os preços dos combustíveis no Brasil. Apesar disso, na sessão desta segunda-feira (15), os preços do brent para junho caíam 0,19%, a US$ 90,28 por volta de 15h57.

“Caso o petróleo reaja com alta nos preços das commodities energéticas, poderemos ver um espaço ainda maior de defasagem da gasolina. Ou seja, preço interno menor que externo. E assim a Petrobras fica mais pressionada em realizar algum reajuste”, avalia Andréa Angelo, estrategista de inflação da Warren Investimentos.

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De acordo com dados divulgados pela Abicom (Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis), a defasagem da gasolina atingiu 18% (R$ 0,61), enquanto o diesel segue defasado em R$ 0,52 (13%).

Segundo Pedro Rodrigues, diretor do CBIE, qualquer evento geopolítico que aumente a percepção de risco e faça pressão no preço do barril de petróleo pressiona também a Petrobras.

“A companhia já está trabalhando com preços defasados e o aumento no preço do barril abriria ainda mais a defasagem”, pontua.

Na visão de Maurício Muruci, analista de açúcar e etanol na Safras & Mercado, essa maior pressão de reajustes para a Petrobras deve favorecer o etanol, sendo bom para as usinas, já que o preço do hidratado acompanha uma possível alta da gasolina.