Petrobras

Petrobras (PETR4): Confira a linha do tempo dos presidentes da estatal

15 maio 2024, 15:38 - atualizado em 15 maio 2024, 15:38
jean paul prates sucessores petrobras presidentes da estatal
Jean Paul Prates deixou a presidência da Petrobras nesta terça, com gestão marcada por discussões de dividendos (Imagem: Adriano Machado/Reuters)

Na noite desta terça-feira (14), foi anunciado que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva demitiu o agora ex-presidente da Petrobras (PETR4), Jean Paul Prates, com Magda Chambriard sendo a indicada para ocupar a liderança da estatal.

Por enquanto, quem assume o cargo de presidente interina da Petrobras é Clarice Coppetti, que foi vice-presidente de Tecnologia e Informação da Caixa Econômica Federal.

A troca representa a segunda mudança na presidência da petroleira e a sexta desde 2019. Durante a presidência de Jair Bolsonaro, foram realizadas quatro danças das cadeiras envolvendo a posição.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Confira a linha do tempo dos presidenciáveis da Petrobras

  • Jean Paul Prates – De 26 de janeiro de 2023 a 14 de maio de 2024

A decisão pela demissão de Prates não surgiu como uma surpresa para o mercado, já que o mesmo vinha sofrendo um processo de fritura recentemente, com intensas discussões envolvendo os dividendos extraordinários da PETR4.

Alexandre Silveira, ministro de Minas e Energia, criticou a abstenção de Jean durante a votação de proposta governamental para reter os dividendos extraordinários, que havia sido aprovada anteriormente também com o apoio de Rui Costa, ministro da Casa Civil.

Posteriormente, a medida mudou, com a aprovação da distribuição de 50% dos dividendos extraordinários em assembleia no final do mês passado e a distribuição da metade restante até o final do ano.

Segundo a Folha de S. Paulo, o agora ex-presidente da Petro enviou a seguinte mensagem aos assessores próximos: “Minha missão foi precocemente abreviada na presença regozijada de Alexandre Silveira e Rui Costa. Não creio que haja chance de reconsideração. Vão anunciar daqui a pouco”.

  • Caio Mário Paes de Andrade – De 28 de junho de 2022 a 04 de janeiro de 2023

Antes de assumir o cargo, Caio ocupava uma secretaria no Ministério da Economia. Sua indicação enfrentou resistência pela falta de experiência no setor de petróleo.

Durante sua governança, a estatal realizou diversas reduções nos preços dos combustíveis, enquanto a gestão de Bolsonaro, à época, tentava uma reeleição ao cargo da presidência da República.

Após sua saída, João Henrique Rittershaussen foi presidente interino da Petrobras por 22 dias, até que Prates ocupasse a posição.

  • João Mauro Ferreira Coelho – De 14 de abril de 2022 a 20 de junho de 2022

Coelho era secretário do Ministério de Minas e Energia durante a gestão de Bolsonaro quando ascendeu à presidência da Petrobras.

Entretanto, ele não era o favorito. O destaque à época ficava para Adriano Pires. Entretanto, sua posição como sócio fundador do CBIE (Centro Brasileiro de Infraestrutura), que presta consultoria a concorrentes da estatal, e aproximação com Carlos Suarez, dono da Termogás, impediram a escolha.

João Mauro defendeu a política de paridade em relação às cotações internacionais e sua saída foi conturbada, resistindo à renúncia do cargo.

Assim como Prates, ele também sofreu um processo de fritura, com os reajustes no preço do diesel, aumentando nas refinarias, sendo um ponto de atenção.

  • Joaquim Silva e Luna – De 16 de abril de 2021 a 13 de abril de 2022

Antes da presidência, Silva e Luna era presidente da Itaipu Binancial e era aliado do então ministro de Minas e Energia Bento Albuquerque.

Um evento marco durante sua governança foi o aumento expressivo do preço dos combustíveis, enquanto a guerra entre Ucrânia e Rússia em 2021 exercia pressão para as cotações do petróleo.

  • Roberto Castello Branco – De 03 de janeiro de 2019 a 13 de abril de 2021

Castello Branco possuía uma relação próxima com Paulo Guedes, ministro da Economia de Jair Bolsonaro, e defendia a privatização da Petrobras.

Enquanto foi presidente da estatal, a política de dividendos da mesma foi alterada, permitindo o pagamento mesmo em caso de prejuízo.

Assim como alguns sucessores, sua saída também foi influenciada pelas cotações internacionais do petróleo, fazendo com que os preços dos combustíveis chegassem a patamares elevados.