Comprar ou vender?

Petrobras (PETR4): Com alta nos combustíveis, é hora de apostar na estatal?

17 jun 2022, 11:50 - atualizado em 17 jun 2022, 11:53
Petrobras
(Imagem: REUTERS/Paulo Whitaker)

A Petrobras (PETR4) aumentou, novamente, o preço dos combustíveis nesta sexta-feira (17). O preço médio de venda de gasolina da estatal para as distribuidoras passará de R$ 3,86 para R$ 4,06 por litro. O último ajuste ocorreu em 11 de março.

Após o anúncio do reajuste, o Ibovespa passou a operar abaixo dos 100 mil pontos e, apesar de previsões de analistas que afirmaram que as ações da estatal iria subir com a decisão, às 11h54, a PETR4 operava em queda de 6,16%, a R$ 27,43.

Para a Genial Investimentos, o momento não é ideal nem para compra e nem para venda dos ativos da petrolífera.

Segundo a corretora, “partindo do princípio de que o período sem reajustes já é um dos maiores que a empresa enfrentou, possíveis postergações ou demoras na aprovação pelo congresso e sanção presidencial iria postergar ainda mais os reajustes e seguir pressionando o caixa da empresa”.

Já a Mirae Asset indica que é hora de ir às compras e investir nos ativos da estatal, com preço-alvo de R$ 40,83.

“O aumento de ruídos sobre o tema deve gerar volatilidade no preço da ação no pregão de hoje, que já terá o ajuste da queda do ADR ontem (feriado aqui). A abertura já se mostra com queda contratada, mas como hoje temos exercício de vencimento de ações e as bolsas no exterior mostram recuperação nesta manhã de sexta-feira. O dia promete muita volatilidade para as ações da Petrobras hoje”, explicam os analistas.

O BTG Pactual, por sua vez, mantém uma recomendação neutra da Petrobras desde 31 de maio. Isso porque, para o banco, “como o governo está cada vez mais consciente de que tem pouco poder de decisão nas decisões diárias da empresa, essa situação pode (i) sair pela culatra e levar a uma mudança mais dramática no estatuto da empresa, (ii) ou favorecer a tese da privatização, pois liberaria o governo do fardo político associado aos altos preços dos combustíveis”.

“Enquanto o governo tenta limitar as pressões inflacionárias do curto prazo questionando a política de preços de combustíveis, o governo também está preparando o cenário para um potencial desinvestimento da Petrobras no longo prazo. Em nossa opinião, os investidores estarão mais focados nas implicações que novas mudanças potenciais para a equipe de administração da empresa e conselho de administração podem ter em seu estatuto, estratégia e alocação de capital. Dessa forma, não esperamos que o mercado pague pela visão positiva da Petrobras ainda”, disseram os analistas do banco à época.

Desde então, a recomendação do BTG para a Petrobras não foi alterada.

Para a XP Investimentos, a recomendação é de compra, apesar do alto potencial para volatilidade nas ações em 2022, à medida que as eleições presidenciais se aproximam. A corretora define R$ 47,30 como preço-alvo da ação.

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