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Petrobras (PETR4) chega a perder quase R$ 50 bilhões em valor de mercado

15 maio 2024, 12:51 - atualizado em 15 maio 2024, 12:52
ceo petrobras
Na mínima, as PNs chegaram a 37,5 reais e as ONs, a 38,82 reais, equivalente a uma perda de 49,5 bilhões de reais em valor de mercado (Imagem: Agência Petrobras)

A Petrobras (PETR4) chegou a perder quase 50 bilhões de reais em valor de mercado nesta quarta-feira, após o anúncio de saída do CEO da companhia, Jean Paul Prates, com as ações preferenciais recuando mais de 8% no pior momento, enquanto as ordinárias desabaram perto de 10% na mínima nos primeiros negócios.

O Ministério de Minas e Energia indicou Magda Chambriard, ex-diretora-geral da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), como substituta. Fontes afirmaram à Reuters que a diretora de  Assuntos  Corporativos da estatal, Clarice  Coppetti, é a mais cotada para assumir interinamente.

Por volta das 11:55, as preferenciais caíam 5,97%, a 38,43 reais, e as ordinárias perdiam 7,1%, a 39,88 reais, maiores quedas do Ibovespa, que cedia 0,69%, com os investidores preocupados sobre maior ingerência política na empresa após a mudança, o que poderia afetar seus dividendos.

Na mínima, as PNs chegaram a 37,5 reais e as ONs, a 38,82 reais, equivalente a uma perda de 49,5 bilhões de reais em valor de mercado.

Para analistas do Goldman Sachs, a notícia é negativa.

“Com base em nossas conversas com investidores, acreditamos que o mercado viu o sr. Prates como um bom conciliador entre os interesses dos investidores e do governo. Além disso, acreditamos que o anúncio poderá reacender preocupações relativamente a uma potencial intervenção política nas operações da empresa”, afirmaram Bruno Amorim e equipe.

Em relatório a clientes, eles citaram que o comando da Petrobras mudou diversas vezes no passado após desentendimentos entre a administração da empresa e o governo, levando à fraqueza das ações nos dias seguintes aos eventos. No entanto, notaram, as cotações se recuperaram, com fundamentos sólidos e uma melhor governança como resultado das mudanças iniciadas em 2016.

“Finalmente, acreditamos que será importante que os investidores monitorem se algum aspecto da governança será alterado após o anúncio. As leis atuais e os estatutos da Petrobras em vigor tornariam um desafio para uma nova administração alterar significativamente a alocação de capital e as políticas de preços de combustíveis.”