Petrobras (PETR4): CEO confirma data da divulgação do novo plano de negócios
A presidente da Petrobras (PETR4), Magda Chambriard, confirmou que o Plano Estratégico da estatal para o período 2026-2030 será divulgado no próximo dia 27 de novembro, segunda-feira.
Pessoas próximas ao assunto indicam que o corte nos investimentos vai superar os US$ 8 bilhões diante da queda do preço do barril de petróleo, de acordo com o Estadão. A executiva, no entanto, não fez comentários adicionais sobre o tema.
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Ao ser questionada sobre o cenário de produção, ela esclareceu que os números do FPSO Almirante Tamandaré são “uma conquista enorme” e resultado do trabalho da Petrobras e dos seus fornecedores.
“Estamos considerando Almirante Tamandaré com 270 mil barris por dia (bpd). Estamos falando de uma plataforma que tinha capacidade de 225 mil barris por dia e que está passando para 270 sem novos investimentos”, pontuou. “Num momento de redução, do preço de petróleo, nós estamos enfrentando essa queda com muito esforço, com muito trabalho, com muita tecnologia e com muita resiliência”, enfatizou.
Em outubro, o campo de Búzios ultrapassou, pela primeira vez, a produção de Tupi (780,4 milhões de bpd), com 821,8 milhões de barris de bpd. Ainda assim, a executiva afirmou que, para a produção se aproximar de 2 milhões bpd, é necessário um conjunto de fatores. “Vamos ter que esperar a P-78 a plena carga que estamos em ramp up (evolução), a P-79 que já está chegando, a P-82, a P-84, a P-85”, listou.
O que esperar do novo plano de negócios da Petrobras
O BTG Pactual disse na semana passada que as premissas de investimentos (capex) e custos operacionais (opex) podem ser revisadas para baixo, enquanto a meta de produção tem espaço para ser ampliada.
O plano atual (2025–2029) ainda considera o petróleo Brent a US$ 83 por barril em 2025, frente a uma média anual próxima de US$ 70, o que abre margem para uma abordagem mais conservadora sobre os preços da commodity.
Mesmo em um ambiente de Brent mais baixo, o BTG avalia que a Petrobras deve continuar gerando fluxo de caixa livre e dividendos robustos em 2026. O relatório, no entanto, chama atenção para a compressão do prêmio da estatal frente a seus pares internacionais, em meio ao ciclo de investimentos mais elevado.
*Com informações de Estadão Conteúdo