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Petrobras (PETR4) bateu no topo? Ação despenca 9% com petróleo e eleições; hora de vender?

24 out 2022, 17:35 - atualizado em 24 out 2022, 17:59
Petrobras
A queda do contrato futuro do petróleo Brent, que caia 0,39%, a US$ 90,98 o barril, se misturava à disputa para a presidência aqui no Brasil (Imagem: Bloomberg)

A Petrobras despencou na sessão desta segunda-feira (24) com investidores vendendo o papel após queda do petróleo e a turbulência eleitoral.

Os papéis ordinários (PETR4) caíram 9,20%, enquanto os preferencias (PETR3) recuaram 9,89%, na maior baixa desde 22 de fevereiro de 2021, quando a ação tombou 20%.

A queda de 0,39% do contrato futuro do petróleo Brent, a US$ 90,98 o barril, se misturava à disputa para a presidência no Brasil.

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De acordo com Pedro Galdi, analista da Mirae Asset, a bolsa subiu forte na semana passada e hoje os investidores aproveitam para realizar os lucros. “Não tem notícia, é só ajuste mesmo”, coloca.

Já Victor Benndorf, da casa de análise que leva o seu sobrenome, cita os dados da China, que divulgou os dados do Produto Interno Bruto (PIB). Além disso, o analista afirma que os mercados precificam uma piora na imagem de Bolsonaro em função do caso de Roberto Jefferson.

Após ofender a ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF), nas redes sociais enquanto estava em prisão domiciliar, Jefferson teve a prisão decretada pelo ministro Alexandre de Moraes, também do Supremo, mas resistiu à prisão disparando com um fuzil e lançando duas granadas contra os agentes que foram à sua casa cumprir a determinação.

Conforme observou a Levante Corp, o incidente repercutiu negativamente em todo o mundo político e caiu “como uma bomba” no colo da campanha do atual presidente, que teve de pausar outros esforços para contenção de danos.

A equipe da casa de análise ponderou que ainda é incerto dizer se haverá, de fato, algum desdobramento nas urnas em função do episódio, mas espera que o episódio seja explorado pela campanha de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

“As pesquisas estavam mostrando melhora de Bolsonaro e agora não sabemos ao certo qual o impacto”, afirmou o analista Bruno Komura, da Ouro Preto Investimentos, destacando que as estatais estavam com queda expressiva por causa desse temor.

Para Komura, os eventos do fim de semana pesaram no mercado, mas, diz, uma parte do declínio nesta segunda-feira, mesmo que menor, está atrelada a movimentos de correção após o vencimento das opções ajudar a impulsionar o mercado na sexta feira.

O que fazer com a Petrobras?

Analistas continuam recomendando o papel, a exemplo da Mirae.

Em relatório enviado a clientes nesta segunda-feira, o UBS-BB reafirmou a recomendação de compra em Petrobras. De acordo com os analistas, o atual preço já embute o cenário mais negativo.

“Mantivemos uma visão positiva para Petrobras, vendo a empresa passar por uma melhoria em sua governança corporativa, levando a uma menor alavancagem e um sólido desempenho operacional. Reconhecemos que, no curto prazo, as ações podem ser negociadas mais no ambiente macro do que nos fundamentos, dadas as eleições presidenciais”, diz trecho do relatório.

Segundo o consenso da Reuters, de 10 analistas, seis recomendam compra e quatro têm neutralidade, com preço-alvo médio de R$ 38,94. Nenhum indica venda.

A Petrobras deve apresentar um balanço do terceiro trimestre (3T22) com resultados ainda fortes, mas o volume do pagamento de dividendos é incerto, segundo analistas do mercado.

Analistas destacam que os números do terceiro trimestre refletirão um período marcado pelo petróleo oscilando entre US$ 87 e US$ 111 e o dólar entre R$ 5,33 e R$ 5,41, patamares historicamente elevados.

Mediana de projeções reunidas pela Bloomberg aponta para um lucro de R$ 45,2 bilhões, o que representaria uma alta de 45% na base anual e uma queda de 16% em relação ao segundo trimestre.

A petroleira divulga seus resultados no dia 3 de novembro, após o fechamento do mercado.

Com Reuters

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Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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