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Petrobras (PETR4) avalia energia eólica offshore como alternativa para longo prazo, diz CEO

18 maio 2022, 10:57 - atualizado em 18 maio 2022, 12:23
Petrobras
“Outra oportunidade em estudo é a geração de energia eólica offshore, isso traz sinergias importantes com a competência e liderança da Petrobras em águas profundas e ultra profundas” (Imagem: Money Times/Renan Dantas)

A energia eólica offshore é uma das alternativas em estudo pela Petrobras (PETR4) para sua atuação no longo prazo, à medida que empresas buscam a transição energética para uma economia de baixo carbono, disse o presidente da petroleira, José Mauro Coelho, durante evento nesta quarta-feira.

“Outra oportunidade em estudo é a geração de energia eólica offshore, o Brasil tem grande potencial, isso traz sinergias importantes com a experiência, competência e liderança da Petrobras no ambiente marinho, especialmente em águas profundas e ultra profundas”, afirmou ele, na abertura do Congresso Mercado Global de Carbono – Descarbonização & Investimentos Verdes.

Ao citar possibilidades de investimento em uma economia de menos emissões de carbono, ele disse que a energia eólica no mar está “em estudo para a atuação da companhia no longo prazo”.

O executivo, que assumiu o cargo em abril, ainda lembrou que em 2020 a Petrobras assinou carta de intenções com a norueguesa Equinor para explorar um projeto de energia eólica no mar.

“Desde então a Petrobras está cooperando no desenvolvimento de projeto eólico offshore de Aracatu, no Bacia de Campos, com capacidade de geração de aproximadamente 4 gigawatts só neste projeto”, ressaltou.

Presente no evento, o ministro de Meio Ambiente, Joaquim Leite, citou o potencial de cerca de 700 GW para energia eólica offshore no Brasil, o equivalente a “50 Itaipus”, mas que ainda não deslanchou.

No início de janeiro, o governo federal editou um decreto que abriu espaço para o desenvolvimento da geração de energia eólica em alto mar no país, tecnologia bastante adotada na Europa e que entrou no radar de grandes investidores para projetos no Brasil.

Além de Equinor, a Shell e empresas como a Neoenergia têm interesse no desenvolvimento de empreendimentos offshore.

A Shell, por exemplo, já solicitou licença ambiental para o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais (Ibama) para realizar geração de energia eólica no mar em seis Estados do Brasil.

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BIOCOMBUSTÍVEIS

O CEO da Petrobras lembrou também que a companhia tem uma governança dedicada à diversificação de investimentos buscando avançar na análise de novos negócios, “contribuindo para a sustentabilidade da companhia no longo prazo”.

Ele citou que a Petrobras prevê em seu plano de negócios avançar na produção de biocombustíveis “avançados”.

“Será uma nova geração de combustíveis, sustentáveis e de alta qualidade, como por exemplo o diesel renovável, o diesel verde e o bioqueresene de aviação”, comentou.

Entre as iniciativas está o “diesel verde” a partir do coprocessamento com o diesel, que aguarda aprovação regulatória.

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(Atualizada às 12:23)