Petrobras (PETR4): As falas de Prates que colocam pressão nas ações
Após dar um alívio de 5% na última sessão, a Petrobras (PETR3;PETR4) volta a dar dor cabeça para os seus acionistas. O papel ordinário caia 3,30%, a R$ 33,36.
Segundo informações do Broadcast, o presidente da estatal, Jean Paul Prates, afirmou que não irá ajustar o preço da gasolina, apesar da defasagem nos preços.
Prates se encontrou com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. De acordo com o Broadcast, a reunião foi para tratar de investimentos do PAC (Programa de Aceleração de Crescimento) e não houve perguntas sobre preço da gasolina na reunião com Lula. “Zero a ver com intervenção”, disse.
Além disso, Prates também colocou que a Petrobras trabalha com política de preços e que se petróleo ir para outro patamar, se fará o reajuste necessário.
Na última segunda, os preços do petróleo atingiram uma nova máxima em três meses. No acumulado de julho, a commodity registrou seu maior ganho mensal desde janeiro de 2022, pressionado por sinais de aperto na oferta global e aumento na demanda.
Os futuros de outubro do petróleo Brent, referência para a Petrobras, subiram 1,2% na sessão, a US$ 85,43 o barril, enquanto o setembro do Brent, que expirou no fechamento de hoje, avançou 0,7%, a US$ 85,56/barril.
Em relatório publicado nesta terça, a Abicom (Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis) informou que defasagem média de se encontra em 20% no óleo diesel e 21% para a gasolina.
Em nota enviada na última segunda, a Petrobras informou que eventuais reajustes, quando necessários, serão realizados suportados por análises técnicas e independentes.
A empresa reforçou ainda que os reajustes nos preços continuam sendo feitos sem periodicidade definida, “evitando o repasse para os preços internos da volatilidade conjuntural das cotações internacionais e da taxa de câmbio”.
Em maio, a diretoria executiva da Petrobras aprovou uma nova política de precificação dos combustíveis, que estabelece o fim da subordinação dos valores ao preço de paridade de importação e passa a ter como referências o custo alternativo do cliente como prioridade e o valor marginal para a Petrobras.
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Ou se aumenta ou é prejuízo para a Petrobras
A Petrobras pode sair no prejuízo ou, então, reajustar os preços dos combustíveis aos consumidores, por ter abandonado a política de paridade de importação (PPI).
É o que afirma o sócio fundador e diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE), Bruno Pascon, ao avaliar que a estatal já elevou o fator de utilização o parque de refino a 93% no segundo trimestre de 2023.
Em períodos de alta demanda ou queda de produção de óleo & gás, as refinarias são utilizadas pela petroleira para evitar a elevação da importação. Isso porque, por não seguir mais o PPI, a Petrobras vende produtos importados por preços mais baixos no país.