Petrobras (PETR4): Apesar do risco menor, há opção melhor na Bolsa, diz Goldman Sachs
Devido à incerteza sobre uma possível mudança de governo, que deve trazer volatilidade às ações da Petrobras (PETR3; PETR4), o Goldman Sachs prefere a exposição a produtores independentes de petróleo. Apesar disso, no setor, os analistas veem a PetroReconcavo (RECV3) como uma melhor opção da Bolsa.
Apesar da cautela em relação à Petrobras em período eleitoral, Bruno Amorim, João Frizo e Guilherme Martins, do Goldman, destacam que o risco de investir agora na ação da Petrobras é menor em relação ao ciclo de intervenção na política de preços dos combustíveis anterior — entre 2011 e 2015, quando se tornou “mais acentuado”.
Segundo os analistas, do ponto de vista operacional, o negócio de upstream — que foi isolado da intervenção do governo — está agora em uma forma melhor, com custos e Capex mais baixos e fluxo de caixa livre (FCF) mais forte.
Os analistas têm recomendação de compra para os papéis da Petrobras, com preços-alvo de R$ 34,90 para as ações ordinárias, PETR4, e R$ 31,70 para as preferenciais, PETR3.
Novas perspectivas para Petrobras em 2023
Em 2023, a Petrobras iniciará um novo ciclo sob um novo governo. Segundo o Goldman Sachs, dependendo do resultado das eleições, esse ciclo deve contar com a consolidação de retornos consistentes de capital aos investidores ou com a implementação de medidas para conter os preços dos combustíveis e aumentar os investimentos em energias renováveis e segmentos de refino.
Embora a alavancagem atual seja semelhante a de 2011 — quando o FCF era negativo e a alavancagem elevada —, os analistas destacam que hoje o fluxo de caixa está em uma situação melhor, devido ao Capex menor, já que a companhia colhe os investimentos feitos no pré-sal ao longo a década passada.
Além disso, o custo unitário consolidado de Exploração e Produção (E&P) do pré-sal — que se tornou significativamente mais relevante dentro da empresa na última década — em US$ 7,7/barril está bem abaixo do observado em 2011.
Outros fatores adicionais que, na análise do Goldman, servem como mitigadores de risco parcial são os “dividendos consideráveis” e os impostos corporativos, que são pagos ao governo, mais altos devido à maior lucratividade.
“Os fatores mencionados reduzem (embora não eliminem) o incentivo para que o governo intervenha na Petrobras; ao contrário do período 2011-15”, avaliam Amorim, Frizo e Martins.
Por fim, o Goldman espera que a companhia anuncie um novo dividendo para 12% de rendimento junto com a divulgação dos resultados do terceiro trimestre deste ano e 7% junto com a divulgação do quarto trimestre no início do próximo ano.
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